Sunday, February 7, 2016

Discurso de Encerramento do Carnacal da Tradicao (2016)




MUNICIPIO DE QUELIMANE
CONSELHO MUNICIPAL
PRESIDENTE

Discurso do Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane por ocasião do encerramento do Carnaval 2016  no dia 07 de Fevereiro de 2016.

Excelentíssimo Senhor Director Provincial da Cultura e Turismo da Zambézia;
Excelentíssimo Senhor Conselheiro Cultural e de Cooperacao da Embaixada Francesa em Maputo;
Excelentíssimos Senhores Membros do Governo Autárquico da Cidade de Quelimane;
Excelentíssimos Senhores Membros da Assembleia Municipal da Cidade de Quelimane;
Excelentíssimos Senhores Mwazambos, Samassoas e Kanfumos;
Excelentíssimos Senhores Secretários dos Bairros;
Ilustres visitantes Nacionais e Internacionais presentes nesta Cerimonia;
Prezados grupos de Foliões Populares e Empresas;
Afectuosas mamãs das barracas, verdadeiras embaixadoras da melhor gastronomia de Mocambique, a gastronomia da Zambézia;
Digníssimos convidados;
Caros Munícipes da Cidade de Quelimane;
Minhas irmãs e meus irmãos;

Nao imaginam a emocao que me invade ao ver o nosso povo tao feliz, apesar do momento conturbado em que se encontra a nossa patria! Sim o nosso povo merce este carnaval! Merece esta alegria! Merece esta extase colectiva! Mocambique nao e so tensao politica! Nao e so calamidades naturais! Nao e so seca ou cheias! Mcambique nao so apenas refugiados! Mocambique e isto que Quelimane sabe mostrar: Mocambique e Paz! Mocambique e alegria! Mocambique e solidariedade! Mocambique e amizade! Mocambique e tolerancia! Mocambique e inclusao! Mocambique e festa! Estivemos neste local durante duas semanas e nao tivemos nenhum incidente! Nao tivemos nenhum ferido e nao tivemos nenhum acto de agressao! Muito obrigado municipes de Quelimane! Voces souberam ser os verdadeiros embaixadores desta patria expondo e mostrando aquilo de melhor temos! Muito obrigado cidadaos nacionais de todos os cantos do pais que atracaram a este porto para contagiar-se da alegria que este povo vive!  Muito obrigado! Muito obrigado! E muito obrigado! Dinoutamaalelani abaalaga! Voces mostraram ao mundo a verdadeira face do mocambique! A verdareira tolerancia! A verdadeira  inclusao! A inclusao real, vivida na practica e nao apenas nos discursos para ‘ingles ver’!

Nao tenho palavras para expressar o que me vai na alma! Ver este mar de gente emociona a qualquer alma humana! Por quase uma hora tivemos que encetar uma serie de esforcos para controlar a multidao que nao queria perder a cerimonia de encerramento! Foi simplesmente fenomenal!

Desejaria neste momento de despedida, expressar toda a gratidão que sinto pela vossa coragem, determinação, imaginação, bravura e firmeza, na concepção, preparação e realização deste Carnaval da Tradição. Inunda-nos uma grande alegria e emoção, ao encerrarmos com sucesso o Carnaval da Tradição. O Carnaval é parte integrante da nossa cultura, da nossa história e desempenha um papel aglutinador de todos os Munícipes independentemente da sua origem étnica, filiação partidária, crença religiosa, raça e condição social.
Com cordialidade, agradeço vivamente, através dos presentes, a todos os Munícipes desta Cidade espalhados por todos os Bairros, pelo seu esforço laborioso, pois, trabalham durante quase seis meses dia e noite para o desenvolvimento sustentável da nossa terra nos seus bairros e locais de residência a saber:
Primeiro de Maio A, 24 de Julho, Aeroporto, Chirangano, Filipe Samuel Magaia, Kansa, Liberdade, Mapiazua, Piloto, Vila Pita Popular, Saguar A, Saguar B, Sinacurra, Torrone Velho, 7 de Abril, Coalane A, Coalane B, Icidua, Ivagalane, Janeiro, Mirazane, Murropue, Sangarivera, Torrone Novo, Primeiro de Maio B, 25 de Setembro, 3 de Fevereiro, Acordos de Lusaca A, Acordos de Lusaca B, Cololo, Sampene, Samugue, 17 de Setembro, Bairro Novo, Brandão, Chuabo Dembe, Floresta A, Floresta B, Inhangome, Manhaua A, Manhaua B, Micajune A, Micajune B, Santagua, Bazar, Gogone, Mborio, Megano, Namuinho entre outros.
Sinto-me no dever de exprimir a minha gratidão profunda a todos quantos  tornaram este Carnaval numa realidade. Refiro-me aos nossos parceiros, tais como: Moçambique em Concerto, Empresa Cornelder de Moçambique, o Banco Comercial e de Investimentos, Coca Cola, Electricidade de Moçambique, Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água, Direcção Provincial dos Recursos Minerais, Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique, Polícia Municipal, Sociedade Civil, Associação dos Músicos, Escritores, Fotógrafos, Pintores e todos os Artistas de Quelimane. Quero de forma particular agradecer a S.Excia Abdul Razak, Governador da nossa provincia que esteve aqui connosco! Ao Director Provincial da Cultura e Turismo que esteve aqui connosco! Ao Presidente da Comissao Executiva do BCI que apesar dos inumeros afazeres, esteve aqui connosco! Muito obrigado aos Regulos, Samassoas, Mwaazambos, Afumo e as Donas Zambezianas que souberam representar a nossa tradicao! Ao nosso Juri de Cinco estrelas! E por ultimo, mas nao menos importante permita-me agradecer aos jornalistas que durante estas duas semana escreveram e transmitiram em directo e ao vivo este carnaval para que aqueles que nao poderam viver esta alegria contagiante o podessem fazer no leito das suas casas ou dos hospitais porque enfermos! Agradecemos aos jornalistas da imprensa escrita que tiveram a quase impossivel tarefa de representar a alegria que se vive neste recinto em palavras! Em Quelimane e na diaspora Quelimanense ninguem quer perder o Carnaval! As Radios Paz, Zambeze FM, Quelimane FM e Radio Mocambique o nosso muito obrigado! Aos jornais Diario da Zambezia, Makholo, Savana e Noticias aqui fica o nosso singelo gesto de agradecimento! Venham sempre e sintam-se sempre em casa! Os verdadeiros amigos sao aqueles vivem os momentos de alegria e de tristeza! Muito obrigado amigos!

Como devem imaginar nao posso esquecer-me do Homem Carnaval! Aquile que durante 365 dias vive e sonha o Carnaval de Quelimane! Aquele que durante as duas semanas e o primeiro a chegar e o ultimo a sair! Aquele que mais do que todos nos e o HOMEM CARNAVAL! Quem e esse homem? Conhecem?
E isso o senhor Camal Meragy! Uma salva de palmas para ele!
É impossível nomear, mesmo só sumariamente, todos grupos e pessoas que desde dia 29 de Janeiro até hoje dia 7 de Fevereiro, trabalharam arduamente. Asseguro-vos que não quereria esquecer ninguém. A todos se estende o meu agradecimento. Que ninguém se sinta preterido ou menos apreciado.
O meu reconhecimento envolve também aqueles cujos sentimentos  da Unidade Nacional, ou humanitários não se exprimem só nas palavras  mas que quiseram  participar neste Carnaval da tradição, pressentindo que todos, afinal,  estamos empenhados ao serviço e pelo bem da humanidade. Refiro-me as minhas irmãs e meus irmãos que participaram nos Foliões Populares por exemplo Samba de Sinacura, Samba de Guarange, Pombos Brancos, Samba da Liberdade, Samba Primeiro de Maio B, Samba de Nova Estrela da Zambézia, Nova Samba da Zambézia, Águias do Piloto, Samba do Bairro 25 de Setembro, Samba do Chirangano, Pavão de Ouro, Academia de Samba César Toledo, Anjos de Muropue, Samba de Sangarivera, Samba de Sampene, Samba dos Mártires de Icidua, Boa Estrela de Namuinho, Águias de Migano,  Acordos de Lusaca B, Los Angeles e Santa Água B. Aos Foliões Empresas, Politécnica, Autoridade Tributária, Cervejas de Moçambique e ZAP.   
Tive a grande consolação de ver o fervor e a compostura entusiástica de todas as mamãs que fazem parte deste mosaico cultural, deliciando aos participantes com iguarias e gastronomia Zambezianas. Tanto os Foliões como as mamãs da gastronomia, fizeram com que este Carnaval da Tradição fosse mais folclórico, lindo, atractivo e memorável.
 Não esqueço os doentes, deficientes físicos, pobres, e todos que sofrem e não poderam fazer parte nesta cerimónia solene de encerramento do Carnaval da Tradição. Estou certo de que ofereceram esse sacrifício e os seus padecimentos para que tudo corresse bem. Que Deus os conforte.
Quero agradecer a todos os membros da comissão organizadora pela vossa incansável e dedicada colaboração. A todos, portanto, o meu muito obrigado. Congratulando-me convosco, já estou a manifestar apreço pela participação activa que tivestes, neste sublime, exigente e dignificante trabalho. Várias foram as diligências que pressupunham as deslocações, a ornamentação, a segurança, a tranquilidade, a preparação e o adorno deste local de concentração e também a difusão do evento em todos os bairros, em todo o território nacional e em todo o mundo. Foi por isso que recebemos nossos irmãos idos de Maputo, da França e doutros quadrantes do Planeta. Pela vossa paciência, bom senso e dedicação, elevo bem alto a minha gratidão.
 Pelos caminhos da concórdia, de uma solidariedade respeitadora da dignidade humana, dos grupos e das comunidades no seu todo, somos capazes de vencer os desafios que se nos apresentam.
A TODOS OS HOMENS, AS MULHERES, JOVENS, ADULTOS, VELHOS E CRIANÇAS, QUE DURANTE ESTES DIAS SE FIZERAM A ESTE LOCAL, INDIFERENTES À CHUVA, AO CALOR E AO SOL, VOS SAUDO COM AMOR FRATERNAL.  
ADEUS CARNAVAL DA TRADICÇÃO, VIVA CARNAVAL DOS 75 ANOS! E Isso, o proximo carnaval que tera lugar de 16 a 27 de Fevereiro sera o Maior e Melhor Carnaval jamais visto em Mocambique! Vamos caprichar porque estaremos a celebrar os 75 anos da elevacao de Quelimane a categoria de Cidade!

ATE Ja, porque para nos Quelimanenses, o Carnaval 2017 comeca hoje!

Dinoutamaalelani abaalaga!
Quelimane, Rumo aos Bons Sinais, 07 de Fevereiro de 2016

Thursday, February 4, 2016

Primeira Gala Desportiva Municipal




MUNICIPIO DE QUELIMANE
CONSELHO MUNICIPAL
PRESIDENTE

Discurso do Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane por ocasião da Gala Desportiva.

Sua Excelência Senhor Governador da Província da Zambézia;
Excelentissimo Senhor Presidente da Comissao Executiva do BCI,
Excelentissimo Senhor director Provincial da Cultura e Desportos,
Excelentíssimo Senhor Director Provincial da Juventude e Desportos;
Exmo Senhor Presidente da Assembleia Municipal,
Excelentíssimo Senhor Administrador do Distrito de Quelimane;
Excelentíssimos Membros do Governo Autárquico;
Queridos desportistas de diferentes modalidades;
Caros homenageados nesta singela cerimonia;
Minhas senhoras e meus senhores;

Constitui motivo de grande orgulho e enorme alegria, que em nome do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane, dos seus Munícipes, da minha família e em meu nome pessoal, dirijo-me a vós minhas irmãs e meus irmãos, nesta indelével noite de imensurável regozijo. Estamos aqui hoje, para testemunhar esta humilde e dignificante cerimónia a qual  enobrece esta terra nos bons sinais.
O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane, ao tomar a liberdade de vos obsequiar com este ambiente de festa, fê-lo em reconhecimento dos vossos feitos gloriosos, em prol do desenvolvimento desta Urbe  através do desporto. Vós sois os embaixadores natos e hábeis diplomatas, pois em vós residem as aspirações do povo de Quelimane.
Através de vós, o nome de Quelimane está gravado com letras de ouro em todos os cantos do mundo. Vós levastes além fronteira o nome de Quelimane e por isso permitam-nos de viva voz sublinhar que vós sois as primícias desta nova etapa promissora. E porque hoje celebramos o dia dos heróis moçambicanos, vós também sois heróis desta terra da galinha a zambiana, da Mucapatha, do thodwe, do camarão, do coco, do heróico e indomável povo de Quelimane.
Às autoridades desportivas da nossa cidade em particular e de Moçambique em geral vai o nosso muito obrigado. Estes jovens não teriam alcançado as vitórias sem o carinho e o acompanhamento de V.Excias.
Caros jovens, Quelimane precisa de jovens corajosos, determinados, visionários, trabalhadores e comprometidos pela causa do povo, porque há muitas coisas para fazer em Quelimane.
A terminar, asseguramos que em nome do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane, do seu Presidente e dos seus Munícipes nos comprometemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, para que os desportistas desta urbe, sejam valorizados,  dignificados e respeitados.
Dinoutamaalelani Abaalaaga,
Quelimane, rumo aos bons sinais, 03 de Fevereiro de 2016.

Wednesday, February 3, 2016

Quelimane: Carnaval de Ideias

Carnaval das Ideias Quelimane, 2016
Este ano o programa de Carnaval da cidade de Quelimane conta também com o que chamámos CARNAVAL DAS IDEIAS. Discutir, ouvir e dialogar para que a cidade de Quelimane e a Província da Zambézia tenha um futuro melhor. Junto enviamos o programa do dia 4 de Fevereiro, mas as palestras decorrem toda a semana.
Esta manha, Quinta feira, 4 de Fevereiro, teremos o Professor Mosca dissertando sobre a situacao economica actual da provincia da Zambezia.
A sessão da tarde de hoje, 4 Fevereiro é co-organizada com o Banco de Comercio e Investimentos e tera inicio as 14.00 horas no salao do Banco de Mocambique e e dedicada ao tema Agronegócios. Esta sessao tem como convidado principal o economista, Prof Doutor Mosca e conta com apresentacoes do Presidente da Comissao Executiva do BCI, Paulo Sousa, do Director Geral da Agencia do Vale do Zambeze, Roberto Mito, entre outros.
Programa da Conferência sobre Agro-negócios na Zambézia
13:30 - 14:15 Entrada e Registo dos Participantes
14:15 - 14:25 Intervenção de Sua Exa o Presidente do Concelho Municipal de Quelimane
14:25 - 14:35 Intervenção do Sr. Director Delegado do Banco de Moçambique
14:35 - 14:45 Intervenção do Sr. Presidente da Comissão Executiva do BCI
14:45 - 15:05 Intervenção do Professor Dr. João Mosca sobre o Crédito ao Agro-negócio
Painel 1: Divulgação das Soluções BCI Agro, e Facilidades para o Acesso ao Financiamento
15:05 - 15:25 Apresentação das Soluções BCI Agro
Representante do BCI - Sr. Barnabé Zandamela
Dr. José de Sousa Pinto
15:25 - 15:35 Linha de Financiamento PRSP II
Representante do PRSP II - Srª Iris Macôo
15:35 - 15:50 AGROGARANTE
Representante do Agrogarante - 15:50 - 16:05
Representante FINAGRO - Sr. Luís Pereira
16:05 - 16:20 IPEME-Fecop
Representante do IPEME - Srª Madina Ismail
16:20 - 16:45 Irrigação na Província da Zambézia: Problemática e Soluções
Representante do INIR - Sr. Paiva Munguambe
16:45 - 17:15 Debate
Painel 2: Oportunidades e Facilidades de Apoio ao Agro-negócio
17:15 - 17:35 Programa de Mecanização Agrícola do Vale do Zambeze, Director Geral da Agência do Vale do Zambeze - Sr. Roberto Mito
Director da Filial do Banco de Moçambique em Quelimane
17:35 - 17:50 Oportunidade de Investimento na Zona Económica Especial e Zona Franca, GAZEDA - Sr. Dinis Lissave
17:50 - 18:00 Principais Incentivos Fiscais e não Fiscais para o Sector do Agro-negócio: IRPS, IVA
Rep. da AT - Delegação da Zambézia - Sr. Herculano Cintura
18:00 - 18:10 Taxa de Potência, Taxa de Incidência sobre o Gasóleo
Representante da DPRME - Sr. Almeida Manhiça
18:10 - 18:35 Debate
18:35 - 18:55 Síntese do Fórum, Delegado do CEPAGRI
Discurso de Encerramento - Sua Excia. Sr. Governador da Província

Monday, October 26, 2015

Reflectindo sobre Moçambique: Ataques a Dhlakama são uma sabotagem a Nyusi – Afr...

Reflectindo sobre Moçambique: Ataques a Dhlakama são uma sabotagem a Nyusi – Afr...: O desarmamento à força e fora do quadro negocial da guarda do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no dia 09, e os incidentes envolvendo a sua...
Repúdio pela tentativa de privação das liberdades de expressão julgamento dos Jornalistas Fernando Mbanze, Fernando Veloso e do Economista Carlos Nuno Castelo-Branco

O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe estão acompanhando as informações relativas ao julgamento dos Jornalistas Fernando Mbanze (Editor do Jornal MediaFax), Fernando Veloso (Editor do Jornal Canal de Moçambique) e do Economista e Professor Universitário, Carlos Nuno Castelo-Branco (Investigados no Instituto de Estudos Económicos e Sociais, Professor da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo; investigador associado da SOAS – School of Oriental and African Studies, da Universidade de Londres; e investigador sénior honorário do Institute for Development Policy and Management, em Manchester). Estamos informados que, com base no pressuposto constitucional, que os confere um conjunto de direitos, deveres e liberdades de expressão e de informação, os indiciados escreveram e publicaram nos órgãos de informação um texto no qual condenavam a má governação que satirizava os princípios e valores mais profundos do Estado de Direito Democrático que em 1990 Moçambique comprometeu-se à consolida-lo. O texto daqueles fazedores de informação, hoje transformado em matéria criminal, fazia apelo em favor da paz e que os benefícios do trabalho fluíssem para todos os moçambicanos.

O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe entendem que os apelos em favor da protecção dos princípios e valores da moçambicanidade construídos e divulgados pelos autores, hoje arguidos, visavam a correcção das imperfeições e das externalidades políticas e económicas que afectavam a sociedade moçambicana no contexto em que esta confrontava-se com os choques resultantes do ambiente de tensão política que opunha o governo e as forças militares da Renamo, na região centro do país e a onda de raptos instalada nos principais centros urbanos, assim como, a ineficiência da máquina governativa do Estado coinquinada pelos negócios desvantajosos ao Estado, pela corrupção e injustiças na distribuição da renda nacional. Na altura, estes fenómenos desassossegavam os moçambicanos e colocaram em causa a confiança e a legitimidade das instituições do estado e do partido no poder, ao mesmo tempo, carcomia a imagem externa do Estado e retraia os investimentos direito estrangeiro no país.

O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe lamentam que as opiniões dos acusados deixaram se ser vistas, por certos sectores, como contribuição em favor da boa-governação, do desenvolvimento e crescimento económico do país, mas sim, como se fosse o abuso de liberdade de imprensa e um crime contra a segurança do Estado. O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os munícipes desta urbe, apoia-se no artigo 48 da Constituição da República de Moçambique que estabelece que todos os cidadãos têm o direito à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa, bem como, o direito à informação. O texto constitucional admite ainda que o exercício de liberdade de expressão, que compreende nomeadamente, a faculdade de divulgar o próprio pensamento por todas as formas legais, e o exercício do direito à informação não podem ser limitados por censura. Com base nestes mandamentos constitucionais, o Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe acham anti-lógico o facto de que o gozo da liberdade de expressão e de opinião daqueles cidadãos moçambicanos não tenha sido protegidos pelas instituições da justiça.

Encontramos neste processo-crime um conjunto de vícios que perigam os princípios e valores democráticos consagrados na Constituição da República de Moçambique e nos demais instrumentos normativos para não encontramos os fundamentos legal, jurídico e constitucional que levam ao banco dos réus os cidadãos Fernando Mbanze, Fernando Veloso e Carlos Castelo-Branco. Desconforta-nos a incongruência jurídica que tenta intimidar e julgar jornalistas, académicos, fazedores de opinião pública para justificar que daqueles réus desempenharam papel determinante para a perda de assentos nas Assembleias Municipais (2013), Provinciais e da República (2014).

Por isso, não concordamos que os apelos feitos em favor da boa governação, da paz e da estabilidade política, de uma maior eficiência e eficácia das instituições do Estado, sejam hoje entendidos como se fossem o abuso de liberdade de imprensa e muito menos como se fosse um crime contra a segurança do Estado, como consta nos processos crimes levantados contra aqueles cidadãos moçambicanos. Situando-nos na dimensão política deste julgamento, apelamos aos órgãos da justiça para o entendimento jurídico de que a perda da legitimidade manifesta pela redução da representatividade política também não devem ser confundidos como se fosse o abuso de liberdade de imprensa e um crime contra a segurança do Estado, mas sim, uma alternância natural de poder necessária para a existência e consolidação de qualquer democracia. Por isso, neste julgamento devemos reconhecer a existência de sectores irritáveis pela redução e perda do poder políticos em 2013 e 2014. Esses sectores temem que sejam responsabilizados dentro dos seus partidos políticos pelo seu fraco desempenho eleitoral. Por isso, procuram identificar falsos causadores da derrota e responsabiliza-los criminalmente por fundamentos que não encontram enquadramentos jurídicos. Não existindo um fundamento jurídico-legal favorável a criminalização daqueles réus, é nesta dimensão política onde encontramos as reais causas deste processo-crime.

Em estreito respeito da Constituição e da doutrina jurídica, o Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os seus munícipes manifestam seu repúdio com relação ao julgamento dos jornalistas Fernando Mbanze e Fernando Veloso, assim como, do Economista e respeitado académico Professor Doutor Carlos Nuno Castelo-Branco. Por isso, em prol da consolidação da democracia moçambicana, da confiança das instituições da justiça em Moçambique, para a legitimação do Estado e da classe dirigente, apelamos a anulação imediata do processo-crime com índole político levantado contra os réus Fernando Mbanze, Fernando Veloso e do Académico e Economista Carlos Nuno Castela Branco.

Manuel de Araújo,
Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane

Angola

Detainees Plead with Fellow Prisoner to End Hunger Strike

LUSA, October 26, 2015


After visiting the fourteen young Angolan activists under detention, the activist Rafael Marques says that they have asked Luaty Beirão to end his hunger strike because "they need him alive" to " continue with the struggle." 
Luaty Beirão, the 33 year old Angolan musician is on the thirty-sixth (36) day of a hunger strike. He is protesting against the detention in June of a group of activists who have since been accused of trying to overthrow the president.
"They are asking for Luaty to return to them alive and healthy; they look up to him as a respected moral leader," said the activist Rafael Marques to Lusa. Marques had visited the fourteen prisoners at the São Paulo prison in Luanda; he then took the message over to Luaty Beirão who has been admitted into a clinic in the Angolan capital.
Rafael Marques told Lusa that he took messages from the fourteen to Luaty Beirão "so that he, without any pressure, will listen to the voice of his companions and prison colleagues in the cause he has been fighting for, to know what they think ought to be the next steps."

Read more: http://bit.ly/1MO36MN

Thursday, September 10, 2015



 



MUNICÍPIO DE QUELIMANE
CONSELHO MUNICIPAL
PRESIDENTE
AV. Josina Machel nº558, Caixa Postal nº 68, telefax: +24213218, email: cmcqgp@gmail.com- Cidade de Quelimane

CARTA ABERTA AOS PARTICIPANTES DA III CONFERÊNCIA NACIONAL RELIGIOSA


Senhor Presidente da República de Moçambique, Excelência,
Senhor Governador da Província da Zambézia, Excelência,
Senhor Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Excelência,
Senhores Deputados, Excelências,
Senhores Membros do Governo, Excelências
Senhores Presidentes dos Tribunais Judicial e Fiscal Provincial, Excelência,
Estimados Líderes Religiosos,


Sejam bem vindos ao solo municipal Quelimanense! Sejam bem vindos a terra da galinha a zambeziana e da mukapatha! Sejam bem vindos a terra das bicicletas e do nyambaro!

Permitam-se iniciar esta Carta Aberta dirigindo palavras de louvor e aclamação à Sua Excelência, Senhor Presidente da República, Jacinto Filipe Nhussi, entanto que o Mais Alto Magistrado da nossa Republica. As nossas palavras de louvor e aclamação são estendidas à toda prestigiosa Assembleia Religiosa que partindo de diferentes cantos do nosso país e do mundo, se juntaram a nós para partilharmos experiências, ensinamentos, princípios e valores religiosos que no dia-a-dia transmitimos aos nossos crentes, as nossas comunidades religiosas e aos nossos povos.

Agradecemos aos organizadores do evento por terem escolhido a nossa cidade, o nosso município, como sendo o altar apropriado para realização desta III Conferência Nacional Religiosa, num momento tao precioso da historia da nossa patria. Ao nossos ver, alguns factores influenciado a escolha do Município da Cidade de Quelimane para a realização deste reencontro religioso. Para além de uma opção meramente logística, relevante no contexto em que nos confrontamos com a crise financeira e os apelos da racionalidade económica e financeira, acreditamos que a vossa escolha também deveu-se ao facto da Província da Zambézia e o Município da Cidade de Quelimane desempenharem um papel importante no desenvolvimento e expansão dos princípios e dos valores religiosos da fraternidade, do amor à Deus e ao próximo. Somos uma Província religiosamente heterogénea com a capacidade de aceitarmos de forma tolerante e fraterna, todos os tipos de diferenças. Somos reconhecidos como uma Província heterogénea, pluralista, com maior número de crentes professando diferentes religiões, entre elas:
·         Católica,
·         Anglicana
·         Islâmica
·         Sião/Zione
·         Hindu
·         Religião Evangélica/Pentecostal - inclui as Igrejas Adventistas, Apostólicas, Baptistas, Evangélicas, Luteranas, Metodistas, Presbiterianas,

A província da Zambézia de que somos capital, é um verdadeiro mosaico religioso onde 40.0% da sua população professa a religião Crista na sua vertente Católica. De acordo com os dados oficiais, a população que professa a religião Islâmica representa entre dez a vinte por cento da população da Zambézia. E desta, maior parte é da zona urbana (10.8%). As outras religiões: Zione, Evangélica, Luterana, Metodista são professadas por 14.6% da população da Província. Os desafios da evangelização na província ainda persistem. Temos 15.2% da nossa população que não professa nenhuma religião. A despeito das diferenças doutrinais, as diferentes instituições religiosas existentes nesta Província estão unidas por uma visão comum do mundo que ancora toda a vida na autoridade de um ser Sagrado e num ethos compartilhado que se expressa através do amor, da paixão e da fraternidade entre os homens.

A nossa Constituição da República de Moçambique estabelece que somos um Estado laico. A laicidade do Estado assenta na separação entre o Estado e as confissões religiosas. Mesmo com esta dimensão da laicidade, precisamos de reconhecer o importante papel das confissões religiosas na moralização da sociedade moçambicana, de um lado, assim como, precisamos de reconhecer e valorizar as actividades das confissões religiosas visando promover um clima de entendimento, tolerância, paz e da fraternidade, o bem-estar espiritual e material dos cidadãos e o desenvolvimento económico e social. A análise que fizemos a este pressuposto constitucional leva ao entendimento de que, embora, Moçambique seja um Estado Constitucionalmente laico, o Estado nos seus mais diversos níveis privados e público da sua actuação funda-se nos princípios e valores religiosos da fraternidade, do amor ao próximo. Estes princípios são valores e princípios que nos inspiram para o respeito, a tolerância, o amor ao próximo, a fraternidade e a filantropia que cada um de nós, como líderes religiosos, dirigentes das instituições públicas ou privadas.

Em Moçambique, na Zambézia e em Quelimane particularmente, nos mais diversos processos históricos e políticos, as confissões religiosas desempenharam, diferentes papeis quer nos processos de desenvolvimento político, económico e social, assim como de reconciliação nacional. Refira-se que durante os conflitos armados, que terminou com a assinatura do Acordo geral de Paz e a assinatura do Acordo de Cessação de Hostilidades, as confissoes religiosas, como maior destaque para a Igreja Católica e o Conselho Cristão de Moçambique defendiam junto do governo e nao so. a política de reconciliação nacional.Por isso, no actual diálogo político em que a Paz e Estabilidade Política estão sendo ameaçadas, as Instituições Religiosas são convidadas a tornarem-se mais actuantes na busca dos caminhos da Paz e da Estabilidade Nacional. 


Neste momento crucial da historia da nossa jovem democracia, seria importante recordar a Primeira Carta Encíclica de Paulo aos Coríntios quando dizia o seguinte: ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse o amor, seria como o metal que soa ou como o sino que treme. A carta do Apostolo Paulo é uma das mais belas obras religiosas que encontramos na Literatura e que achamos relevante partilharmos com os membros das diversas confissões religiosas presentes nesta III Conferência Nacional Religiosa e nao so. O apóstolo Paulo inspirou-se de um antigo hino cristão e o adaptou para ajudar os leitores da carta a entenderem seu recado e transmitirem a pedagogia do amor, da fraternidade, da compaixão e da esperança. Paulo recorda-nos que o maior Dom que possa existir na vida é o amor e a fraternidade dedicados à Deus e ao Próximo.

O que Paulo afirma na sua carta dirigida aos Coríntios também está em Mateus 22, 34-40 34. Sabendo os fariseus que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se e um deles, na altura entendido como o Doutor da Lei, perguntava a Jesus Cristo para pô-lo à prova: Mestre, qual é o maior mandamento da Lei de Deus? Respondeu Jesus:
-          Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de toda tua inteligência. Estes são os primeiros e maiores mandamentos;
-          Amarás teu próximo como a ti mesmo.
Nesses dois mandamentos encontramos a inspiração, a fonte da luz, da esperança que orientam os profetas, as confissões religiosas. Nestes mandamentos, as instituições do Estado e os municípios devem buscar a fonte de inspiração e de actuação na defesa da fraternidade e da irmandade.

Encontramos também dentro dos pilares do Alcorão a fé da nossa religião islâmica que se opõe à exclusão, a separação, ao abandono, a discriminação e estigmatizarão do próximo. No final da Surata Al Bacará diz: Todos os crentes creem em Allah, em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus mensageiros. Nós não fazemos distinção entre os Seus mensageiros.” (Alcorão Sagrado, 2:285). Essa ética divina invocada pelo Alcorão é seguida por todo muçulmano que visualizam todos os profetas e mensageiros com todo o respeito, porque todos foram enviados por Deus com uma só mensagem: o de adorarmos somente a Allah, e não Lhe atribuirmos parceiros. Portanto, são irmãos na convocação das pessoas para a senda de Deus.

Meus Senhores e minhas Senhoras,
Realizamos a III Conferência Nacional Religiosa num momento em que o país confronta-se com dois principais desafios nos quais em cada dia a Paz e a Estabilidade Política encontram-se ameaçadas.
O primeiro desafio tem o carácter político: nos últimos dias, adensou o clima de desconfiança e tensão que envolve a política moçambicana desde as eleições de 2014 e que levou aos confrontos armados de Julho, na província de Tete. O ambiente de tensão que estamos vivendo tem revelado que apesar da Paz alcançada em 1992 o processo de reconciliação, da consolidacao da democracia, do amor e da fraternidade nacional ainda continuam sendo frágeis. Negociamos armados, inspirados no odia, na vinganca! Negociamos para aldrabar o outro, para humilhar e espezinhar o proximo! Negociamos para derrotar ao proximo e podermos proclamar a nossa victoria! Um acordo que cria vencidos e vencedores nao e, e nem sera, a solucao para os problemas de uns e de outros! Um acordo baseado nesses principios e com toda a certeza, a materia prima para o proximo troar de armas entre irmaos! Por isso, se quisermos encontrar uma solução sustentável em relação às reivindicações apresentadas por uma ou por outra formação política, deveremos alterar o nosso paradigma de análise e observação do espectro de conflito em que o nosso sistema político pode estar atravessando. Caros líderes religiosos, caros parlamentares, membros do governo, do corpo diplomático, membros da sociedade civil amantes do povo mocambicanos. O melhor medico nao aquele que nos receita o remedio mais doce, menos amargo, ou menos doloroso, mas sim aquele que nos receita a medicacao correcta, por mais amarga ou dolorosa que seja! O melhor amigo nao aquele que nos elogia, mas sim aquele que mesmo sabendo da nossa possivel reaccao tem a coragem de nos dizer a dura verdade sobre nossos actos e pensamentos! A persistência do conflito em que o País vive e tem dificuldade de supera-lo passa necessariamente pela necessidade de superação de alguns preconceitos negativos com os quais fomos socializados desde a nossa infância, a adolescência e teimamos em ainda conviver com eles. A sociedade moçambicana precisa de desconstruir o conceito oposição=inimigo que deve ser extirpado e excluído do campo político nacional.  Precisamos de aceitar com humildade, o pensar diferente com o sentido elevado da fraternidade, do amor e carinho ao próximo! Todos, independentemente das nossas diferenças, pertencemos a este espaço, chamado Mocambique Como filhos de Deus merecemos todo o respeito, a dignidade, o amor e a concórdia. É dentro destes princípios onde enquadramos o discurso do Senhor Presidente Felipe Nhysi quando declarou-se disposto a encontrar-se com o líder da oposição para falar da Paz, da Reconciliação e do Desenvolvimento e ultrapassar o potencial de risco e da guerra. Excias, o mundo onde o nosso pais se encontra, esta numa competicao intensa entre regioes e entre paises! Enquanto nos distraimos com querelas internas, outros paises vao tomando aquele que e e deverioa ser o nosso lugar no ‘Concerto das Nacoes’! Quando acordarmos, ja o comboio do progresso tera apitado tres vezes e partido...

O segundo desafio nacional tem um carácter económico: apesar de todos esforços feitos pelo Estado e pelas confissões religiosas que lutam em prol do desenvolvimento e crescimento económico, a maior parte da população moçambicana vive com níveis de pobreza bastante alarmantes. A pobreza e a desnutrição continuam com níveis bastante elevados. Nos últimos anos, o crescimento do consumo per capita diminuiu drasticamente e a corrupção permanece alta. Nas zonas rurais prevalece a baixa produtividade em virtude do baixo acesso aos fertilizantes e insumos agrícolas, fraco acesso ao crédito e falta de infra-estruturas. Estes e outros aspectos concorreram para que o cumprimento das metas dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM) não fosse atingido.

A exclusao economica e uma ameaca a paz e por isso deve merecer a atencao de todos os actores, incluindo as confissoes religiosas.

Confrontados com os elementos do contexto político e económico, em que o país esta vivendo actualmente, existem três passos importantes que exigem uma reflexão:

a)    Primeiro, precisamos de desenvolver uma Campanha em favor da Fraternidade, da Concórdia e da Reconciliação Nacional. A proposta de uma Campanha em favor da Fraternidade, da Concórdia e da Reconciliação deverá envolver todos os moçambicanos sem distinção das suas cores políticas, religiosas, culturais e nem étnicas. Com base nessa campanha deveremos assumir que cada um de nós, líderes religiosos, políticos e dirigentes sejam inspirados pelo princípio do Apóstolo Marcos que nos ensina a ‘vivermos para servir o povo e não para nos servirmos do povo’.

b)    Segundo, para além de uma Campanha Nacional em favor da Fraternidade, da Concórdia e da Reconciliação, precisamos de estabelecer um compromisso colectivo entre as Religiões e o Estado para que se reflicta no respeito da Dignidade Humana, bem como na Justiça Social, no Serviço da Igreja à sociedade. Aparece a preocupação das lideranças da Igreja com o seu agir direccionando a sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade nos diversos locais de culto e nao so como as mesquitas, dioceses, paróquias, Sinagogas e comunidades.

c)    Terceiro, o projecto e a visão social que precisamos de estabelecer devem colocar no centro da sua agenda a importância da dignidade humana, do bem comum e da justiça social. Precisamos de reforçar o papel das Religiões e coloca-la ao Serviço da sociedade. Precisamos de reflectir muito mais o papel das lideranças da Igreja com o seu agir fraterno direccionando sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade.

Terminamos esta Carta Aberta reiterando que cada um dos crentes das nossas confissões religiosas; Cada um dos membros das nossas comunidades; cada um dos membros das nossas formações políticas; cada um dos membros das nossas instituições públicas ou privadas precisam do amor,da fraternidade, da justiça (social, politica e social, e da concórdia, enfim da INCLUSAO. As nossas confissões religiosas desempenham um papel importante para o alcance destes valores preciosos procurados por todos.

Os nossos crentes, as nossas comunidades, as nossas instituicoes religiosas precisam de encontrar o carácter superior do amor transformado em obras produzidas em favor dos crentes e dos povos. Por isso, cabe a cada de nós, presentes e ausentes deste fórum o compromisso colectivo para a materialização dos anseios colectivos do nosso povo e da nossa patria. Esta patria e de todos, nao devendo haver cidadaos da primeira e cidadaos da segunda!

Sintam-se em casa na paz do Senhor!


PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DA CIDADE DE QUELIMANE

Manuel de Araújo