Committee to Protect Journalists Statement
Journalist shot dead in Mozambique
New York, August 28, 2015-An unidentified gunman shot dead a Mozambican journalist who was out jogging in the capital city of Maputo early today, according to news reports . Paulo Machava was the publisher of the news website Diario de Noticias and had worked with Rádio Moçambique and the weekly Savana, according to reports . Machava was also involved in a campaign supporting an economist and two reporters who are being tried for defamation, thestate news agency said . The economist had criticized former PresidentArmando Guebuza and the reporters had republished the criticism.
"We are appalled by the brazen murder of Paulo Machava and call on authorities to investigate the crime efficiently, identify the motive, and prosecute the killers," said CPJ Africa Program Coordinator Sue Valentine. "Machava's murder has no place in a country striving to build a democracy that two decades ago emerged from civil conflict."
CPJ has documented the killing of only one journalist indirect
relation to his work since the organization began keeping records in 1992. In November 2000, CarlosCardoso , editor of the daily newsletter Metical, was gunned down inMaputo outside his office after the outlet published an investigation into alleged corruption at a major Mozambican bank. In 2003, six men were convicted for the murder,including one, Anibal dos Santo sJunior, who was sentenced to 30 years, according to newsreports . The son of former President Joaquim Chissanowas charged as the mastermind but died before the trial.
· For data and analysis on Mozambique,visit CPJ's Mozambique page .
CPJ is an independent, nonprofit organization that works to safeguard press freedom worldwide.
Saturday, August 29, 2015
Thursday, August 20, 2015
Quelimane, Capital da Cultura!
No ambito das celebracoes dos 73 anos de elevacao de Quelimane a
categoria de Cidade, foram lancadas ontem no Salao Nobre do Concelho
Municipal da Cidade de Quelimane, capital provincial da Zambezia,
cinco obras literarias. Trata-se das obras 'A Ciencia de Deus e o Sexo
das Borboletas' e a 'A Flauta do Oriente' de Daniel da Costa, 'O
curandeiro contratado pelo meu edil' e 'A adubada Fecundidade E outros
contos' de Dany Wambire e 'Almas em Tacitas' de Lino Mukurruza.
Daniel da Costa reside na Cidade de Tete, Dany Wambire na Cidade da
Beira e lino mukurruza na cidade de Lichinga.
No Sabado, dia 22 de Agosto, sera lancada a obra 'Pneu em chamas' do
escritor Jorge de Oliveira.
categoria de Cidade, foram lancadas ontem no Salao Nobre do Concelho
Municipal da Cidade de Quelimane, capital provincial da Zambezia,
cinco obras literarias. Trata-se das obras 'A Ciencia de Deus e o Sexo
das Borboletas' e a 'A Flauta do Oriente' de Daniel da Costa, 'O
curandeiro contratado pelo meu edil' e 'A adubada Fecundidade E outros
contos' de Dany Wambire e 'Almas em Tacitas' de Lino Mukurruza.
Daniel da Costa reside na Cidade de Tete, Dany Wambire na Cidade da
Beira e lino mukurruza na cidade de Lichinga.
No Sabado, dia 22 de Agosto, sera lancada a obra 'Pneu em chamas' do
escritor Jorge de Oliveira.
Saturday, May 23, 2015
Carta Aberta ao Ministro Mesquita
Caros concidadaos!
Pretendo com este blogue iniciar um movimento onde os utentes da companhia de bandeira partilhem as suas experiencias no sentido de ajudar a melhorar os servicos da companhia e quem sabe tambem ajude a acabar com o monopolio desta companhia, razao fundamental, a nosso modesto ver, da sua ma performance!
Apesar de possuir profissionais de grande calibre, os servicos prestados pelas nossas Linhas Aereas de Mocambique deixam a desejar: saoa avarias constantes que deixam os utentes 'literalmente pendurados', sao 'antecipacoes de voos' sem aviso previo, sao atrasos sem explicacao plausivel, sao voos que deveriam sair num dia e so saem no dia seguinte e invariavelmente quem arca com as consequencias somos nos que pagamos os bilhetes!
Por razoes profissionais, desloquei-me a Durban. Na ultima Quarta feira, dia 21 de Maio 2015, fiz o voo de regresso Durban-Maputo, saindo de Durban no voo da AirLink, pontualmente com a chegada prevista para
as 11.30, se a memoria nao me trai. Apesar de o aeroporto ter sido encerrado por mais de duas horas (sera necessario encerrar um aeroporto por duas horas, para receber um Presidente de um pais 'non-grato', que como se nao bastasse o facto de termos destruido o nosso pais para ajudar este pais a libertar-se do apartheir, ainda por cima seus concidadaos ingratos matam inocentemente nossos cidadaos, escorracam-nos do se pais e a policia prende, maltrata nossos concidadaos! Mas isso e pano para outra manga!
Dizia eu que o aeroporto foi encerrado por duas horas, pelo que sei porque o famoso lider nao chegou a hora marcada, fazendo o nosso Presidente 'apanhar seca! Essa do Presidente Nyussi apanhar seca comeca a ser norma! Apanhou com o Lider da Renamo e desta vez parece que apanhou tambem com o seu homologo sul africano, o que nada abona, pelo menos na segunda hipotese a nossa 'auto-estima'!
Chegados a Maputo fiz-me a cidade, pois tinha algumas reunioes programadas e cerca das 14.00 horas mandei fazer o check in! Qual nao foi o meu espanto!: o meu voo havia sido antecipado em mais de 7 horas!
Nao acreditei! Que raio de eficiencia e essa? E porque e que nao informaram ao passageiro, a agencia que comprou o bilhete, COTUR ou a instituicao que mandou comprar os bilhetesm neste caso a Chemionics? Porque tinha um compromisso inadiavel no dia seguinte as 11.15 minutos em Quelimane, pensei em apanhar o voo para Nampula! naquele dia para meu azar todos os voos a Nampula ja haviam partido! A unica solucao era voar para Beira e depois fazer mais de 1000 kms em 09.00 horas de carro numa estrada Nacional que a nossa vergonha nacional por falta de manutencao!
Para a Beira so havia um voo as 19.00 horas que felizmente saiu a horas! As 20.15, num voo sem turbulencias cheguei a Beira e de la iniciei a turbulenta viagem de regresso a casa que iniciou as 02.30 da manha e so terminou as 10.00 horas com todos os riscos a isso associados!
A pergunta que faco e simples: ate quando o monoolio das Linhas Aereas de Mocambique na
na espinha dorsal- Maputo-Beira-Quelimane-Nampula-Pemba?
E mais nao disse!
Manuel de Araujo
Pretendo com este blogue iniciar um movimento onde os utentes da companhia de bandeira partilhem as suas experiencias no sentido de ajudar a melhorar os servicos da companhia e quem sabe tambem ajude a acabar com o monopolio desta companhia, razao fundamental, a nosso modesto ver, da sua ma performance!
Apesar de possuir profissionais de grande calibre, os servicos prestados pelas nossas Linhas Aereas de Mocambique deixam a desejar: saoa avarias constantes que deixam os utentes 'literalmente pendurados', sao 'antecipacoes de voos' sem aviso previo, sao atrasos sem explicacao plausivel, sao voos que deveriam sair num dia e so saem no dia seguinte e invariavelmente quem arca com as consequencias somos nos que pagamos os bilhetes!
Por razoes profissionais, desloquei-me a Durban. Na ultima Quarta feira, dia 21 de Maio 2015, fiz o voo de regresso Durban-Maputo, saindo de Durban no voo da AirLink, pontualmente com a chegada prevista para
as 11.30, se a memoria nao me trai. Apesar de o aeroporto ter sido encerrado por mais de duas horas (sera necessario encerrar um aeroporto por duas horas, para receber um Presidente de um pais 'non-grato', que como se nao bastasse o facto de termos destruido o nosso pais para ajudar este pais a libertar-se do apartheir, ainda por cima seus concidadaos ingratos matam inocentemente nossos cidadaos, escorracam-nos do se pais e a policia prende, maltrata nossos concidadaos! Mas isso e pano para outra manga!
Dizia eu que o aeroporto foi encerrado por duas horas, pelo que sei porque o famoso lider nao chegou a hora marcada, fazendo o nosso Presidente 'apanhar seca! Essa do Presidente Nyussi apanhar seca comeca a ser norma! Apanhou com o Lider da Renamo e desta vez parece que apanhou tambem com o seu homologo sul africano, o que nada abona, pelo menos na segunda hipotese a nossa 'auto-estima'!
Chegados a Maputo fiz-me a cidade, pois tinha algumas reunioes programadas e cerca das 14.00 horas mandei fazer o check in! Qual nao foi o meu espanto!: o meu voo havia sido antecipado em mais de 7 horas!
Nao acreditei! Que raio de eficiencia e essa? E porque e que nao informaram ao passageiro, a agencia que comprou o bilhete, COTUR ou a instituicao que mandou comprar os bilhetesm neste caso a Chemionics? Porque tinha um compromisso inadiavel no dia seguinte as 11.15 minutos em Quelimane, pensei em apanhar o voo para Nampula! naquele dia para meu azar todos os voos a Nampula ja haviam partido! A unica solucao era voar para Beira e depois fazer mais de 1000 kms em 09.00 horas de carro numa estrada Nacional que a nossa vergonha nacional por falta de manutencao!
Para a Beira so havia um voo as 19.00 horas que felizmente saiu a horas! As 20.15, num voo sem turbulencias cheguei a Beira e de la iniciei a turbulenta viagem de regresso a casa que iniciou as 02.30 da manha e so terminou as 10.00 horas com todos os riscos a isso associados!
A pergunta que faco e simples: ate quando o monoolio das Linhas Aereas de Mocambique na
na espinha dorsal- Maputo-Beira-Quelimane-Nampula-Pemba?
E mais nao disse!
Manuel de Araujo
Anuncio de Vagas
A Chemonics International, é uma empresa de consultoria baseada nos Estados Unidos da América e está a recrutar profissionais para o Programa de Adaptação das Cidades Costeiras (CCAP), que visa aumentar a resiliência das cidades costeiras aos efeitos das mudanças climáticas, por um lado, incorporando aspectos de adaptação às mudanças climáticas nas actividades, processos e planos de desenvolvimento municipal e, por outro lado, apoiando na implementação das medidas adaptativas. Assim sendo, procura candidatos para duas posições abaixo descritas:
1. Conselheiro Municipal – baseado em Quelimane: dentre várias responsabilidades que o candidato irá desempenhar destacam – se as seguintes: Trabalhar em estreita colaboração com diversos actores e directamente com funcionários municipais para desenvolver e implementar um programa de formação e assistência técnica para melhorar os seus conhecimentos técnicos sobre a adaptação às mudanças climáticas (AMC) e redução de risco de desastres (RRD) com ênfase na prestação de serviços municipais resilientes;
Qualificações:
Mestrado em políticas públicas, administração pública, gestão ambiental ou outras áreas relevantes, ou o nível de Licenciatura e 5 anos de experiência em administração de municípios ou administração pública;
Experiência comprovada na administração municipal, administração pública, participação cívica, desenvolvimento comunitário, sociedade civil e planificação de políticas;
Experiência em programas de adaptação às mudanças climáticas em África ou na sub-região da África Austral será preferida;
Fluência em Português e domínio de Inglês.
2. Conselheiros Comunitários – baseados em Quelimane e Pemba: dentre várias responsabilidades destacam se: Garantir e fazer o acompanhamento de todas as actividades de nível comunitário e que estas sejam implementadas de acordo com os princípios e procedimentos do Programa. Parte das intervenções a este nível visam a proactividade das comunidades para a melhoria das práticas de higiene e saneamento, gestão comunitária de recursos naturais, medidas e as boas prácticas de gestão e protecção costeiras para redução da sua vulnerabilidade aos efeitos das mudanças climáticas;
Qualificações:
Nível de Licenciatura em estudos de desenvolvimento, ciências biológicas, gestão ambiental, ciências sociais ou equivalente;
Ter 5 anos de experiência efectiva em actividades de mobilização comunitária;
Habilidades de comunicação e facilitação;
Experiência na área de comunicação para a mudança de comportamento;
Conhecimento sobre a extensão rural, Diagnóstico Rural Participativo (DRP), gestão de recursos naturais e redução de riscos e desastres;
Experiência em programas de adaptação as mudanças climáticas, será uma vantagem;
Fluência em Português e conhecimentos sobre as línguas Macua e Chuabo é uma vantagem;
Habilidades orais e escrita de inglês é uma vantagem
Locais de trabalho:
O Conselheiro Municipal estará baseado no Município de Quelimane
Os Conselheiros Comunitários estarão baseados (1) Município de Quelimane (1) Município de Pemba.
Métodos de Candidatura: Todos os candidatos interessados deverão submeter os seus CV´s com uma carta de apresentação para o seguinte endereço electrónico: vacancies@ccap-mz.org indicando no assunto a posição pretendida até as 17 horas do dia 31 de Maio de 2015. Não serão aceite nenhuma solicitação por telefone. Apenas os candidatos seleccionados serão contactados.
1. Conselheiro Municipal – baseado em Quelimane: dentre várias responsabilidades que o candidato irá desempenhar destacam – se as seguintes: Trabalhar em estreita colaboração com diversos actores e directamente com funcionários municipais para desenvolver e implementar um programa de formação e assistência técnica para melhorar os seus conhecimentos técnicos sobre a adaptação às mudanças climáticas (AMC) e redução de risco de desastres (RRD) com ênfase na prestação de serviços municipais resilientes;
Qualificações:
Mestrado em políticas públicas, administração pública, gestão ambiental ou outras áreas relevantes, ou o nível de Licenciatura e 5 anos de experiência em administração de municípios ou administração pública;
Experiência comprovada na administração municipal, administração pública, participação cívica, desenvolvimento comunitário, sociedade civil e planificação de políticas;
Experiência em programas de adaptação às mudanças climáticas em África ou na sub-região da África Austral será preferida;
Fluência em Português e domínio de Inglês.
2. Conselheiros Comunitários – baseados em Quelimane e Pemba: dentre várias responsabilidades destacam se: Garantir e fazer o acompanhamento de todas as actividades de nível comunitário e que estas sejam implementadas de acordo com os princípios e procedimentos do Programa. Parte das intervenções a este nível visam a proactividade das comunidades para a melhoria das práticas de higiene e saneamento, gestão comunitária de recursos naturais, medidas e as boas prácticas de gestão e protecção costeiras para redução da sua vulnerabilidade aos efeitos das mudanças climáticas;
Qualificações:
Nível de Licenciatura em estudos de desenvolvimento, ciências biológicas, gestão ambiental, ciências sociais ou equivalente;
Ter 5 anos de experiência efectiva em actividades de mobilização comunitária;
Habilidades de comunicação e facilitação;
Experiência na área de comunicação para a mudança de comportamento;
Conhecimento sobre a extensão rural, Diagnóstico Rural Participativo (DRP), gestão de recursos naturais e redução de riscos e desastres;
Experiência em programas de adaptação as mudanças climáticas, será uma vantagem;
Fluência em Português e conhecimentos sobre as línguas Macua e Chuabo é uma vantagem;
Habilidades orais e escrita de inglês é uma vantagem
Locais de trabalho:
O Conselheiro Municipal estará baseado no Município de Quelimane
Os Conselheiros Comunitários estarão baseados (1) Município de Quelimane (1) Município de Pemba.
Métodos de Candidatura: Todos os candidatos interessados deverão submeter os seus CV´s com uma carta de apresentação para o seguinte endereço electrónico: vacancies@ccap-mz.org indicando no assunto a posição pretendida até as 17 horas do dia 31 de Maio de 2015. Não serão aceite nenhuma solicitação por telefone. Apenas os candidatos seleccionados serão contactados.
Tuesday, January 27, 2015
Para Quando um Plano Marshall para a Zambezia?
Para quando um Plano Marshall para a Zambezia? Tres pontos para Carlos Agostinho do Rosario no seu regresso a 'Casa'!
No nosso artigo da semana passada, pediamos accao energica e flexibilidade ao novo governo no que se refere as calamidades naturais que afectam a provincia da Zambezia! Pediamos, inter alia, que o Novo Primeiro Ministro, visitasse urgentemente a zona para, in loco, verificar as condicoes no terreno, o que lhe permitiria ajuizar os desafios no terreno e o tomar de posicoes face a enormidade da catastrofe! Pedimos muito, e verdade, inclusive que a primeira reuniao do Conselho de ministro fosse em Mocuba, mas como se sabe, em 'tecnicas de negociacao', os pontos de partida devem ser ou estar um pouco acima do realmente desejado ou esperado, por forma a que se consiga o que se quer!
Do ponto de vista de resposta institucional, ficamos bastante sensibilizados, quando nos demos conta de que o Primeiro Ministro, nao esperou por protocolos para por maos no terreno! Arregacou as mangas e la veio a Quelimane, mesmo sabendo que a provincia ainda nao tenha Governador! E mais, mesmo sabendo que tanto o Cessante, como o Novo Governador, bem como a Ministra da Administracao Estatal e Funcao Publica, na sua qualidade de mandaratia do Chefe do Estado chegariam no mesmo dia! O Primeiro Ministro, de forma pragmatica 'arranjou' formas de ca vir, antecipando-se em hora e meia a chegada do Governador e da Mandataria! Esta atitude e por nos saudada, pois como afirmaramos no artigo anterior quando estao em causa vidas, as regras protocolares cedem a sua primazia para dar lugar ao pragmatismo! Foi por isso que fizemos vista grossa a grave falha protocolar da Secretaria Permanente da Provincia da Zambezia, que no vazio do poder, entre a exoneracao do Governador Verissimo e a tomada de posse de Razak, nao soube coordenar pragmatismo e protocolo, tendo-se 'esquecido' de informar as autoridades competentes para a cerimonia de recepcao do Primeiro Ministro na sua primeira visita oficial depois da tomada de posse a uma provincia! Uma omissao protocolar grave do lado da Secretaria Permanente, se tivermos em conta nao so que (1) Carlos Agostinho do Rosario desempenhava ate a pouco a funcao de Embaixador Extraordinario e Plenipotenciario de Mocambique em varios paises asiatico, onde o protocolo e seguido a risca, como tambem se tivermos em conta o discurso do Chefe de Estado na Cerimonia de Tomada de Posse, onde apelava a inclusao e competencia ! E que esta omissao protocolar poderia ter manchado a primeira visita do Primeiro Ministro e usada como mais uma prova da dissonancia entre o discurso de Nyussi e a Practica! Felizmente, a simplicidade e informalidade de Carlos Agostinho do Rosario resolveu o problema, mas ca fica o aviso a navegacao: funcionarios nao preparados podem manchar a imagem dos superiores hierarquicos pois em politica nem sempre contam os factos mas sim as percepcoes sobre os factos! A mulher de Cesar nao basta que seja fiel, deve parece-lo!
Como pediramos no nosso artigo, ficamos sensibilizados e quica satisfeitos com o numero de ministros que se deslocaram a Zambezia, para in loco verificar a situacao no terreno, nomeadamente a (1) Ministra da Administracao Estatal e Funcao Publica, a (2) Ministra da Saude, (3) o Ministro das Obras Publicas e Gestao Hidrica! A grande omissao foi a ausencia dos ministros da Industria e Comercio e da Accao Social, Criancas e Genero, que a nosso ver, deveriam ca ter estado, nao so (no primeiro caso) para solidarizar-se com os empresarios da regiao e com eles discutir ideias praticas para minimizar o impacto da crise na actividade economica como a possivel reducao do preco do combustivel, e no caso da ministra do Genero, Criancas e Accao Social, para verificar o impacto da crise nas criancas, mulheres, idosos! E que senhora ministra, se nao sabia, fique sabendo que a provincia da Zambezia e aquela que tem os maiores indices de mortalidade infantil, materno-infantil e juvenil-infantil no pais! Ou seja e aquela provincia onde mais se morre (tirando Cabo Delgado e Manica)! E sendo a segunda provincia mais populosa do pais, esta crise se nao for bem gerida podera afectar a performance de Mocambique nos Millennium Development Goals!
Satisfez-nos a visita de Carlos Agostinho de Rosario que no seu pragmatismo e simplicidade caracteristicos 'conseguiu inventar' tempo para auscultar uma parte importante da 'Opiniao Publica Zambeziana' sobre aspectos sensiveis da Zambezia, que ele bem conhece e do pais! Alias aqui na Zambezia nos cantamos sempre, os nossos Verdes Campos', o Hino do saudoso Conjunto Primeiro de Maio que inter alia lembra-nos que : 'E preciso auscultar, aquele que vai, realizar! Mas afinal, e o proprio povo, quem vai realizar, e o proprio povo, que ai se encontra o segredo do povo'!
O unico senao nesta visita, foi o de nao ter aproveitado a ocasiao para cumprimentar o Lider da Oposicao, que se encontrava na cidade de Quelimane! Esta ousadia, quebraria o gelo, criando condicoes favoraveis para as negociacoes em curso! Em politica, nao basta sabedoria, simplicidade, e necessaria alguma astucia e coragem para fazer coisas que nao estao no 'Menu'! Para ja vao tres pontos para Carlos Agostinho do Rosario!
Somados os pontos, aguardamos por uma accao energica porque de facto, a espinha dorsal da Zambezia esta quebrada! Aquilo que a guerra nao conseguiu fazer em 1986, 87, 88 a natureza responsabilizou-se de o fazer -dividir o pais pela Zambezia, com os impactos ja a vista! Se os ultimos 39 anos transformaram a Zambezia da maior economia provincial do pais para a mais empobrecida, as chuvas conseguiram aquilo que ate aqui nenhum exercito conseguira fazer, esquartejar e por em coma a economia da Zambezia! Nas condicoes actuais, nao se pode sair da Zona Sul para a zona centro da Zambezia, nem da zona centro para a zona norte (com cinco cortes na EN1 (dois cortes no rio Licunco, um corte no Rio Namilate perto da famigerada zona de Morrotone, outro no Rio Nivo e assim por diante entre Mocuba e Nampevo! Nao se pode sair do Ile a Gurue e nem de Milange a Gurue! Nao se pode sair de Gurue a Cuamba! E muito menos de Quelimane a Maganja ou Macuse! Nao se pode sair de Mopeia a Luabo! E nem se pode sai de Ile a Lugela! A economia da Zambezia se ja estava de joelhos, agora esta literalmente em coma! E para ressuscita-la precisamos de UM Plano Marshall para a recuperacao do tecido economico e social, das infrastruturas e dos empresarios(foi o plano que os EUA implementarao para a recuperacao da Europa depois da Segunda Guerra Mundial) sem este plano, a recuperacao da Economia Zambezia continuara a ser uma miragem, fazendo com que milhares de zambezianos e nao so continuem a vegetar nos mercados de Macurungo, Goto, ou Estrela Vermelha! Alias sendo a provincia que mais sofreu pelos efeitos da Guerra dos 16 anos, esse Palno Marshall esta no minimo atrasado 23 anos! E para comecar, uma vez que o preco do barril do petroleo no mercado internacional baixou de mais de cem dolares para menos de cinquenta, sugiro uma reducao no preco do combustivel, senao para o pais inteiro, pelo menos numa fase experimental, para as zonas centro e Norte do pais que estao ha tres semanas as escuras!
No nosso artigo da semana passada, pediamos accao energica e flexibilidade ao novo governo no que se refere as calamidades naturais que afectam a provincia da Zambezia! Pediamos, inter alia, que o Novo Primeiro Ministro, visitasse urgentemente a zona para, in loco, verificar as condicoes no terreno, o que lhe permitiria ajuizar os desafios no terreno e o tomar de posicoes face a enormidade da catastrofe! Pedimos muito, e verdade, inclusive que a primeira reuniao do Conselho de ministro fosse em Mocuba, mas como se sabe, em 'tecnicas de negociacao', os pontos de partida devem ser ou estar um pouco acima do realmente desejado ou esperado, por forma a que se consiga o que se quer!
Do ponto de vista de resposta institucional, ficamos bastante sensibilizados, quando nos demos conta de que o Primeiro Ministro, nao esperou por protocolos para por maos no terreno! Arregacou as mangas e la veio a Quelimane, mesmo sabendo que a provincia ainda nao tenha Governador! E mais, mesmo sabendo que tanto o Cessante, como o Novo Governador, bem como a Ministra da Administracao Estatal e Funcao Publica, na sua qualidade de mandaratia do Chefe do Estado chegariam no mesmo dia! O Primeiro Ministro, de forma pragmatica 'arranjou' formas de ca vir, antecipando-se em hora e meia a chegada do Governador e da Mandataria! Esta atitude e por nos saudada, pois como afirmaramos no artigo anterior quando estao em causa vidas, as regras protocolares cedem a sua primazia para dar lugar ao pragmatismo! Foi por isso que fizemos vista grossa a grave falha protocolar da Secretaria Permanente da Provincia da Zambezia, que no vazio do poder, entre a exoneracao do Governador Verissimo e a tomada de posse de Razak, nao soube coordenar pragmatismo e protocolo, tendo-se 'esquecido' de informar as autoridades competentes para a cerimonia de recepcao do Primeiro Ministro na sua primeira visita oficial depois da tomada de posse a uma provincia! Uma omissao protocolar grave do lado da Secretaria Permanente, se tivermos em conta nao so que (1) Carlos Agostinho do Rosario desempenhava ate a pouco a funcao de Embaixador Extraordinario e Plenipotenciario de Mocambique em varios paises asiatico, onde o protocolo e seguido a risca, como tambem se tivermos em conta o discurso do Chefe de Estado na Cerimonia de Tomada de Posse, onde apelava a inclusao e competencia ! E que esta omissao protocolar poderia ter manchado a primeira visita do Primeiro Ministro e usada como mais uma prova da dissonancia entre o discurso de Nyussi e a Practica! Felizmente, a simplicidade e informalidade de Carlos Agostinho do Rosario resolveu o problema, mas ca fica o aviso a navegacao: funcionarios nao preparados podem manchar a imagem dos superiores hierarquicos pois em politica nem sempre contam os factos mas sim as percepcoes sobre os factos! A mulher de Cesar nao basta que seja fiel, deve parece-lo!
Como pediramos no nosso artigo, ficamos sensibilizados e quica satisfeitos com o numero de ministros que se deslocaram a Zambezia, para in loco verificar a situacao no terreno, nomeadamente a (1) Ministra da Administracao Estatal e Funcao Publica, a (2) Ministra da Saude, (3) o Ministro das Obras Publicas e Gestao Hidrica! A grande omissao foi a ausencia dos ministros da Industria e Comercio e da Accao Social, Criancas e Genero, que a nosso ver, deveriam ca ter estado, nao so (no primeiro caso) para solidarizar-se com os empresarios da regiao e com eles discutir ideias praticas para minimizar o impacto da crise na actividade economica como a possivel reducao do preco do combustivel, e no caso da ministra do Genero, Criancas e Accao Social, para verificar o impacto da crise nas criancas, mulheres, idosos! E que senhora ministra, se nao sabia, fique sabendo que a provincia da Zambezia e aquela que tem os maiores indices de mortalidade infantil, materno-infantil e juvenil-infantil no pais! Ou seja e aquela provincia onde mais se morre (tirando Cabo Delgado e Manica)! E sendo a segunda provincia mais populosa do pais, esta crise se nao for bem gerida podera afectar a performance de Mocambique nos Millennium Development Goals!
Satisfez-nos a visita de Carlos Agostinho de Rosario que no seu pragmatismo e simplicidade caracteristicos 'conseguiu inventar' tempo para auscultar uma parte importante da 'Opiniao Publica Zambeziana' sobre aspectos sensiveis da Zambezia, que ele bem conhece e do pais! Alias aqui na Zambezia nos cantamos sempre, os nossos Verdes Campos', o Hino do saudoso Conjunto Primeiro de Maio que inter alia lembra-nos que : 'E preciso auscultar, aquele que vai, realizar! Mas afinal, e o proprio povo, quem vai realizar, e o proprio povo, que ai se encontra o segredo do povo'!
O unico senao nesta visita, foi o de nao ter aproveitado a ocasiao para cumprimentar o Lider da Oposicao, que se encontrava na cidade de Quelimane! Esta ousadia, quebraria o gelo, criando condicoes favoraveis para as negociacoes em curso! Em politica, nao basta sabedoria, simplicidade, e necessaria alguma astucia e coragem para fazer coisas que nao estao no 'Menu'! Para ja vao tres pontos para Carlos Agostinho do Rosario!
Somados os pontos, aguardamos por uma accao energica porque de facto, a espinha dorsal da Zambezia esta quebrada! Aquilo que a guerra nao conseguiu fazer em 1986, 87, 88 a natureza responsabilizou-se de o fazer -dividir o pais pela Zambezia, com os impactos ja a vista! Se os ultimos 39 anos transformaram a Zambezia da maior economia provincial do pais para a mais empobrecida, as chuvas conseguiram aquilo que ate aqui nenhum exercito conseguira fazer, esquartejar e por em coma a economia da Zambezia! Nas condicoes actuais, nao se pode sair da Zona Sul para a zona centro da Zambezia, nem da zona centro para a zona norte (com cinco cortes na EN1 (dois cortes no rio Licunco, um corte no Rio Namilate perto da famigerada zona de Morrotone, outro no Rio Nivo e assim por diante entre Mocuba e Nampevo! Nao se pode sair do Ile a Gurue e nem de Milange a Gurue! Nao se pode sair de Gurue a Cuamba! E muito menos de Quelimane a Maganja ou Macuse! Nao se pode sair de Mopeia a Luabo! E nem se pode sai de Ile a Lugela! A economia da Zambezia se ja estava de joelhos, agora esta literalmente em coma! E para ressuscita-la precisamos de UM Plano Marshall para a recuperacao do tecido economico e social, das infrastruturas e dos empresarios(foi o plano que os EUA implementarao para a recuperacao da Europa depois da Segunda Guerra Mundial) sem este plano, a recuperacao da Economia Zambezia continuara a ser uma miragem, fazendo com que milhares de zambezianos e nao so continuem a vegetar nos mercados de Macurungo, Goto, ou Estrela Vermelha! Alias sendo a provincia que mais sofreu pelos efeitos da Guerra dos 16 anos, esse Palno Marshall esta no minimo atrasado 23 anos! E para comecar, uma vez que o preco do barril do petroleo no mercado internacional baixou de mais de cem dolares para menos de cinquenta, sugiro uma reducao no preco do combustivel, senao para o pais inteiro, pelo menos numa fase experimental, para as zonas centro e Norte do pais que estao ha tres semanas as escuras!
Tuesday, June 24, 2014
Mensagem do Presidente do Concelho Municipal da Cidade de QUelimane por Ocasiao da Celebracao dos 29 anos da Proclamacao da Independencia Nacional
CONSELHO
MUNICIPAL DA CIDADE DE QUELIMANE
Gabinete
do Presidente
Mensagem
do Senhor Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane, Professor
Doutor Manuel de Araujo, pela passagem dos 39 anos da independência no actual
contexto político nacional
Caras
Munícipes da Cidade de Quelimane,
Caros
Munícipes da Cidade de Quelimane,
Minhas
Irmãs, Meus Irmãos, Minhas Mães, Pais, Irmãos, amigos, moçambicanos e
moçambicanas residindo nos diferentes cantos deste Município da Cidade de
Quelimane,
Não nos é possível falar do dia 25 de Junho, sem antes recordarmos o
processo que conduziu a esta data. Por isso, meus irmãos, deixem-me dizer que o
processo de libertação desta pátria, tinha como objectivo aglutinar todas as
camadas da sociedade moçambicana num mesmo ideal de liberdade, unidade, justiça
e progresso, cujo escopo era libertar a terra e o Homem. Por isso, em 1975,
quando os moçambicanos celebravam a independência nacional todos esperavam ver
devolvidos para si os direitos e as liberdades fundamentais que o processo
histórico anterior não os tinha conseguido dar. Foi assim que os moçambicanos
esperavam que a independência nacional fosse uma oportunidade para eliminar as
estruturas de opressão e exploração colonial; estender o poder popular
democrático para todos; edificar a economia independente, promover o progresso
cultural e social; consolidar e defender a independência e a unidade nacional; e
estabelecer relações de amizade e cooperação com outros povos e Estados.
Por causa daqueles sublimes propósitos consagrados no contexto da
independência nacional, queremos hoje, como Munícipes da Cidade de Quelimane,
Moçambicanos deste País transmitir o nosso mais elevado sentido de agradecimento
a todos aqueles quelimanenses, zambezianos e moçambicanos que nos anos 60 e 70
tiveram a aguerrida coragem de lutar para que este País ficasse independente da
dominação colonial. Agradecemos de forma modesta e humilde a todos aqueles que directa
e indiretamente abdicaram da sua juventude e ofereceram as suas vidas na esperança
de que as actuais gerações viveriam num ambiente político onde gozariam de
liberdade e se beneficiariam de forma justa dos processos de distribuição da
renda. Estendemos o nosso agradecimento e partilhamo-lo com aos povos e países
irmãos que logo na primeira hora prestaram seu apoio incondicional ao processo,
a logística, as estratégias e o abnegado apoio financeiros alocados para luta
de libertação da Pátria e dos moçambicanos.
Apesar dos agradecimentos que endereçamos àqueles que contribuíram para
a independência deste País, importa recordar que os 39 anos da independência deste
país foram brutalmente fustigados por um conjunto de desafios que colocaram os
moçambicanos na contramão dos objectivos da independência. Por isso, achamos
que a melhor maneira de celebrarmos a passagem de 39 anos da independência
seria contemplarmos de forma colectiva e procurarmos perceber, em que medida, a
independência alcançada em 1975, a elite política dirigente que esteve na
direção do País conseguiu eliminar verdadeiramente as estruturas da opressão, da
exploração, da corrupção, do desemprego e do nepotismo.
Ao celebrarmos esta data
precisamos de fazer uma radiografia bastante profunda para procurarmos perceber
o real significado dos 39 da independência nacional. Infelizmente a radiografia
apresentada nos relatórios nacionais e internacionais revelam que os índices de
pobreza no país são bastante elevados. Celebramos os 39 anos da independência
num contexto em que mais de 60% dos habitantes vivem abaixo da linha de pobreza
absoluta. Mais de 91,5% da população não tem acesso a água potável, a corrente
eléctrica e a renda e baixa. Celebramos 39 anos da nossa independência num
contexto em que a taxa de analfabetismo da população com mais de 15 anos de
idade situa-se na ordem dos 70,5%. Sobre estes dados gostaríamos de recordar
que muito recentemente foram apresentados dados de uma pesquisa sobre as
condições de vida das crianças ao nascer. Entretanto, de acordo com os
resultados da pesquisa, Moçambique está entre os piores países onde uma criança
pode (ter o azar de) nascer. A taxa de mortalidade infantil é de 153 por
1000 bebés ao nascerem. O trágico relatório que
mencionamos indica que em Moçambique a mortalidade em crianças menores de cinco
anos é de 89,7 em cada 1000 nados vivos. Estes números levantam vários
questionamentos sobre os desafios que o pais enfrenta 39 anos depois da proclamacao
da nossa independencia.
Precisamos de questionar, se a independência alcançada à 39 anos não
terá simplesmente mantido as relações de opressão e de dominação, que desta vez
passaram a ser praticados por uma elite política nacional que teve o privilégio
participar e de liderar o processo da libertação do País. Será que depois da
independência foi possível estender e reforçar efectivamente o poder popular
democrático para os municípios e distritos do País? Numa dimensão das políticas
sociais questionamos, se a independência assegurou a maioria dos cidadãos
moçambicanos o acesso da água potável, o acesso à rede escolar e hospitalar, o acesso
facilitado dos transportes, o acesso a terra. Terá mesmo a independência
conseguida aumentar a quantidade e qualidade de calorias que cada moçambicano
consome e que consequentemente implicaria o aumento dos anos de vida de cada um
de nós? Decorridos mais de 39 anos da independência nacional, que factores
justificam o actual estágio letárgico da independência em que o País se
encontra?
Paises ha que depois de 40 anos do alcance da independencia nacional
lograram feitos qualitativamente maiores que o nosso, estamos a falar dos
tigres asiaticos – A Singapura (que tivemos oportunidade de visitar
recentemente), o Taiwan, a Coreia do Sul, e digamos Hong Kong. Mas tambem aqui
no nosso continente paises ha que conseguiram dar passos gigantescos nao so na
producao e acumulacao da riqueza mas tambem na reducao e combate a pobreza. Estamos
a falar de paises como o Botswana, Mauricias, Ruanda, Ghana e outros. A
pergunta obvia que sobressai e: qual foi a varrinha magica que esses paises
usaram e que nos nao soubemos capitalizar? Que modelos, que estrategias de
desenvolvimento economico usaram? Por que caminhos trilharam? E mais o que e
que podemos aprender deles?
Se tentarmos responder a este questionamento, não teremos dúvida ao
afirmar que factores internos, regionais e globais influenciaram sobremaneira a
nossa trajectoria nos ultimos 39 anos. Mais concretamente a fraca compreensão
da linha de orientação política e económica que o País adoptou em 1977, o
socialismo, comprometeu o nosso desenvolvimento e desestruturou a sociedade que
almejávamos construir quando alcançamos a independência. A corrupção que tinha
iniciado no tempo das cooperativas de consumo e das lojas do povo; a prática da
tortura, da violência e intolerancia que se tinha institucionalizado na
constituição e materializado nos mais violentos campos de concentração; a
ineficaz e macéfala construção do
Estado, fortemente dimensionado ao nível central e fraco ou mesmo inexistente
ao nível local; a falta de compromisso da elite política com relação a um
projecto de desenvolvimento justo e equilibrado do país influenciou
negativamente o estágio negativo de desenvolvimento em que o país se encontra
atualmente. Factores conjunturais regionais como o Apartheid e globais como a
guerra fria, encontraram terreno fertil no nosso pais para interferir e aliar
aos factores internos que retardaram o nosso crescimento como nacao.
A resistência de certa elite política nacional em aceitar e acolher a
necessidade de uma transição mais pacífica e efetuar uma ruptura definitiva com
as práticas nocivas das estruturas daquele modelo nocivo de governação, poderá
retardar para mais tempo, o almejado desenvolvimento procurados, nos últimos 39
anos, pelos moçambicanos.
Caras
Munícipes da Cidade de Quelimane,
Caros
Munícipes da Cidade de Quelimane,
Minhas
Irmãs, Meus Irmãos, Minhas Mães, Pais, Irmãos, amigos, moçambicanos e
moçambicanas residindo nos diferentes cantos deste Município da Cidade de
Quelimane,
Ao celebrarmos os 39 anos da independência deste País não poderemos deixar
de recordar
momentos de tristeza, de tumultos, da fome colectiva, da pena de morte, dos
centros de reeducação, da mortalidade infantil, da má nutrição, de uma
qualidade de vida cada vez mais degradante e índices da pobreza que crescem
cada vez mais de forma logarítmica e exponencial. Em outras palavras, para os
moçambicanos, para os munícipes da Cidade de Quelimane, a história da
independência, ao trazer a liberdade para uns, negou-a a outros, ao trazer a
independencia para uns, negou-a a tantos outros, criando desta forma no pais
mocambicanos da primeira, mocambicanos da segunda e mocambicanos da terceira,
dando a uns o que retiravam a outros, ! negou-os a existência digna e condigna
como seres humanos! Esta situação degradante, a que estivemos sujeitos, derivou
da direcção política e económica pensada e implementada de forma desajustada da
realidade nacional. Por causa dela, os moçambicanos foram empurrados a um
terreno lamacento, desconfortável e penoso. É neste terreno abominável onde, mais
do que nunca, somos hoje um povo altamente endividado, o que não nos confere a
dignidade, que merecemos no concerto das nações. Por causa destes males e dos
erros na orientação política e económica, Moçambique transporta uma dívida de aproximadamente
5 bilhões de dólares, o que não justifica o estágio letárgico da pobreza em que
a maior parte dos moçambicanos, hoje se encontram subordinados.
Hoje aos Munícipes da Cidade de Quelimane e aos moçambicanos, adjudica-se
a difícil tarefa de justificar como e porque, os piores males da sua história,
só para citar alguns: a) a ansiedade desesperada
da actual elite política que pretende reinstalar modelos de administração do Estado
autoritário para, de forma saudosa, voltar a privar as liberdades políticas e
económicas dos moçambicanos; b) a
crescente onda de desemprego, empobrecimento e desespero na quais milhares de
moçambicanos estão sujeitos a viver num País de contrastes no qual uma pequena
elite acumula de forma indisciplinada e egoísta a riqueza nacional, sem que
existam políticas sociais que assegurem a justeza no processo de distribuição
da renda; c) a violencia politica e
eleitoral que resultou nas mortes bárbaras e brutais do músico Maxi Love, do jornalista
Carlos Cardoso e do economista Siba-Siba Macuacua, cuja justiça ainda se revela
inoperante para julgar os culpados e a culpa corre o risco de morrer solteira; d) as agressões públicas que têm sido
praticadas pelas nossas Forças de Defesa e Segurança, contra os antigos
trabalhadores moçambicanos na República Democrática da Alemanha e os
desmobilizados de guerra; são de entre muitos outros sinais reveladores de que
os 39 anos da independência foram e continuam sendo profundamente marcados por
profundas chagas que só a próxima geração de líderes poderá sara-las!
Sobre estes
sorumbáticos desafios do processo da moçambicanidade, precisamos reafirmar que os anos da independência deste país constituíam
um período de ocasiões perdidas e da nossa condenação. Durante 39 anos fomos,
assim, condenados a pobreza, a ignorância, ao comunismo, a pena de morte, a
mortalidade infantil, a fome, ao desemprego, e muitos outros males perversos e
sinistros efeitos das opções políticas, económicas e da governação. Ao celebrarmos os 39 anos da nossa independência os moçambicanos precisam
exigir deste governo o preco dos anos perdidos pela ma gestao e ma governacao. Ha
vários elementos da nossa história e do nosso processo de desenvolvimento que
ainda permanecem em aberto. A título de exemplo, os moçambicanos precisam de
exigir deste governo as explicações definitivas sobre os contornos que levaram
a morte do seu primeiro presidente no período pós-independência. Os
moçambicanos precisam de saber porque somente uma pequena elite do país
consegue acumular de forma desenfreada e uma maioria continua submersa num
profundo manto de pobreza. Estará a nossa elite política tentando dizer que os
moçambicanos que vivem abaixo do nível da pobreza são preguiçosos e a elite política
que se enriquece é a mais corrupta? Os moçambicanos precisam de saber nesta
data, por que motivo o seu país é beliscado nos relatórios internacionais onde
constamos na lista dos países mais corruptos do mundo, violadores das
liberdades políticas e dos direitos humanos? Para além destas questões, ao
celebrarmos os 39 anos da nossa independência, os moçambicanos precisam de
saber contornos clandestinos e não transparentes ligados ao caso EMATUM, para
que de forma transparente os parcos recursos provenientes das mais valias
passem a ser geridos.
Caras
Munícipes da Cidade de Quelimane,
Caros
Munícipes da Cidade de Quelimane,
Minhas
Irmãs, Meus Irmãos, Minhas Mães, Pais, Irmãos, amigos, moçambicanos e
moçambicanas residindo nos diferentes cantos deste Município da Cidade de
Quelimane,
Através desta mensagem, temos mais uma oportunidade de transmitir aos
moçambicanos, aos munícipes da cidade de Quelimane que temos a obrigação de
juntos sairmos da contramão e procurarmos caminhos alternativos ao
desenvolvimento, ao crescimento, ao emprego, à justiça social e a equidade na
distribuição e acesso aos recursos. Os Municípios das Cidades da Beira,
Quelimane, Nampula e Gurué através de um Movimento melhor estruturado e
determinado nos propósitos do País, deram sinais precisos de mudanças na
direcção certa. Os resultados de tais mudanças são cada vez mais animadores e
encorajadores. Por isso, ao celebrarmos os 39 anos da independência, a nossa
geração é convidada a pensar e repensar nas formas de participar na elaboração
de um futuro diferente, do presente que nos é dado a viver e a observar.
Para isto precisamos compreender que a nossa moçambicanidade é avaliada pelo
desafio árduo da nossa capacidade de superar o passado impregnado no sofrimento
manchado pela tortura, matança, pela pobreza, pelo desemprego, pela ganância e
pelos desequilíbrios que levam a exclusão de certos grupos sociais, económico e
culturais do acesso aos recursos públicos. O projecto independentista lançado
pelos combatentes de 1975 e que transportava o conceito da moçambicanidade só seria avaliado pela capacidade que, como Munícipes
da Cidade de Quelimane, como moçambicanos deste País, teríamos de perdoarmos, e
nos reconciliarmos pelos deslizes cometidos e sofridos, no passado e no
presente. A nossa moçambicanidade e os 39 anos da nossa independência devem ser
avaliados, sobretudo pela nossa determinação de darmos as mãos e juntos construirmos
um futuro comum, desenhado e contido numa agenda colectiva que não deve ser
hipotecada por nenhum partido político, nenhum actor político, económico e/ou
social e muito menos por nenhum grupo étnico nem tribal. Verificamos com
tristeza que existe no mercado político um produto falacioso de que o futuro
deste país depende de um único partido político. Desaprovamos com veemência
este tipo de pensamento que nos parece tinhoso, deselegante, desairoso e
desonesto! Por isso, quando assumimos a liderança tanto em Quelimane, Beira,
Nampula e Gurué, mudamos o paradigma tradicional que lá se tinha instalado
durante mais de três dezenas de anos e apelamos para um novo pacto político
onde aquelas regiões do país deveriam ser o espaço para todos. Dai o nosso slogan: queremos um Moçambique para Todos. Recordamos que
com este slogan queremos e estamos mostrando que o futuro de Moçambique depende
do nosso nível de coesão, de solidariedade, de confiança recíproca e de um novo
pacto político e social que deveremos construir e consolidar a partir de 15 de
Outubro deste ano.
Caras Munícipes da Cidade de Quelimane, Caros
Munícipes da Cidade de Quelimane,
Minhas Irmãs, Meus Irmãos, Minhas Mães, Pais,
Irmãos, amigos, moçambicanos e moçambicanas residindo nos diferentes cantos
deste Município da Cidade de Quelimane,
Celebramos os
39 anos da independência num contexto em que o país vive momentos tristes de
tensão política que para além de ceifar vidas humanas compromete os progressos
económicos que se tinham alcançado depois da assinatura dos Acordos gerais de
Paz. Hoje reiteramos mais uma vez que os caminhos da procura da paz exigem
estratégias, metodologias apropriadas cuja intermediação, se torna uma plataforma ou instrumento a valorizar. As
estratégias irresponsáveis e inconsistentes adoptadas para arrastar o diálogo entre as partes envolvidas, e dali
retira-lo o mérito e a validade; a fraca abertura das partes para dialogarem
com honestidade, clareza, humildade só servirão para descredibilizar os resultados
alcançados nos últimos 21 anos da paz em Moçambique e colocar na encruzilhada o
sonho, a esperança deste povo que quer se reerguer. É nestes termos que mais
uma vez, fazemos um apelo a todas organizações da sociedade civil, as
lideranças das diversas confissões religiosas, aos filósofos, aos parceiros do
processo de desenvolvimento, a SADC, a Uniao Africana (UA), as Nacoes Unidas, aos
académicose intelectuais, aos operarios e camponeses, aos jornalistas, aos
funcionarios publicos e das ONG’s, as confissoes religiosas para que de forma neutral,
isenta e imbuídos da sabedoria platónica se desdobrem em busca da paz e da
estabilidade política que tende a voar, e pode desaparecer! É nos fundamentos
da justiça social, da equidade na distribuição de recursos, na redução dos
fossos de desigualdade entre pobres e ricos, na abertura, no diálogo fraterno e
honesto, onde deveremos procurar e encontrar os fundamentos da paz que os
moçambicanos não querem nunca mais deixar e muito menos ver a voar. Combinamos estes
apelos com o reconhecimento colectivo da importância da unidade da família moçambicana.
Os Munícipes da
Cidade de Quelimane, os Moçambicanos, devem redefinir o pacto político e social,
que até ao momento, revelou-se frágil, inapropriado e não ofereceu aos
moçambicanos o volume de confiança, o perímetro da eficiência e da eficácia das
liberdades políticas e sociais, de que os moçambicanos têm de usufruir como um direito
inalienável. É importante reconhecer que, a guerra, a arrogância, a corrupção,
a intolerância, a brutalidade e a ganância, comprometem a esperança e a
expectativa que os moçambicanos desenharam no contexto da independência
nacional. Por isso, o antídoto recomendado para curar a patologia político
militar que o País enfrenta só pode ser encontrado nas políticas económicas e
sociais que podem colocar todos moçambicanos no centro da agenda. Tais antídotos
devem garantir a equidade na distribuição e acesso colectivo dos recursos deste
País. Uma boa administração deste antídoto (formulação, aprovação e
implementação de políticas sociais e económicas justas) ajudarão a sarar, de
forma sustentável, as feridas profundas que constituem factores de tensão
política que, de forma arriscada confronta os moçambicanos.
Por isso,
reafirmamos que Moçambique precisa de uma política social justa que não
favoreça, unicamente, àqueles que estão situados mais próximos do raio do
poder; que não satisfaça uma elite política minoritária que detém forte apoio dos
militares e da polícia; mas sim, que favoreça os que dedicam as suas energias
em prol do bem-estar colectivo. Tudo
isto pode, e deve ser possível, desde que os moçambicanos, juntos, com
humildade, sabedoria e inteligência, procurem e encontrem os caminhos efectivos
da paz e da estabilidade do País. Dai, realçamos
a importância da ampliação do campo político e económico assegurado com o
envolvimento activo das organizações da sociedade civil, das lideranças religiosas,
dos académicos. Assim, todos teremos um papel importante a jogar no processo
de construção da paz e da moçambicanidade que os 39 anos da nossa independência,
pensou-se ser responsabilidade, propriedade e monopólio ganancioso de um grupo
minoritário, que não conseguiu oferecer, na plenitude o mínimo das liberdades e
da independência, que ainda continua sendo tanto procurada pelos moçambicanos! A paz e possivel! A paz e urgente! Nao a
guerra e sim a paz de todos, com todos e para todos!
Manuel de
Araujo,
Presidente
do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane
Saturday, June 21, 2014
Mais uma loucura da ala nao pensante da Frelimo!
Government to reduce Beira
In an obvious attempt to curb the influence of Daviz Simango, MDM presidential candidate and popular mayor of Beira, the government says it will reduce Beira to one-third its size, taking away 13 or 18 of the 26 neighbourhoods and placing them under administrators appointed by central government.
Although Mozambique has decentralised power to 53 municipalities, the remaining two-thirds of the country is run by district administrators appointed by central government. Decentralization has expanded under the present government, but in parallel with increasing central control. Cities have "representatives" of the central government and permanent secretaries have been appointed at most levels of government with an explicitly political role.
The plan was given to the mayor Wednesday 11 June by Joe Cuela Antonio, state representative in Beira, and Claudina Mazolo, permanent secretary of Sofala. Mazolo, toldNoticias that the split would definitely take place this year.
Beira is the country's fourth largest city. Based on registration for local elections last year, the largest cities, in order, are 1. Maputo, 2. Matola, 3. Nampula, 4. Beira, 5. Chimoio,
6. Tete, 7. Quelimane, and 8 Nacala. Nampula, Beira and Quelimane have MDM mayors and assembly majorities. The others are governed by Frelimo.
In an obvious attempt to curb the influence of Daviz Simango, MDM presidential candidate and popular mayor of Beira, the government says it will reduce Beira to one-third its size, taking away 13 or 18 of the 26 neighbourhoods and placing them under administrators appointed by central government.
Although Mozambique has decentralised power to 53 municipalities, the remaining two-thirds of the country is run by district administrators appointed by central government. Decentralization has expanded under the present government, but in parallel with increasing central control. Cities have "representatives" of the central government and permanent secretaries have been appointed at most levels of government with an explicitly political role.
The plan was given to the mayor Wednesday 11 June by Joe Cuela Antonio, state representative in Beira, and Claudina Mazolo, permanent secretary of Sofala. Mazolo, toldNoticias that the split would definitely take place this year.
Beira is the country's fourth largest city. Based on registration for local elections last year, the largest cities, in order, are 1. Maputo, 2. Matola, 3. Nampula, 4. Beira, 5. Chimoio,
6. Tete, 7. Quelimane, and 8 Nacala. Nampula, Beira and Quelimane have MDM mayors and assembly majorities. The others are governed by Frelimo.
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