Monday, October 26, 2015
Reflectindo sobre Moçambique: Ataques a Dhlakama são uma sabotagem a Nyusi – Afr...
Reflectindo sobre Moçambique: Ataques a Dhlakama são uma sabotagem a Nyusi – Afr...: O desarmamento à força e fora do quadro negocial da guarda do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no dia 09, e os incidentes envolvendo a sua...
Repúdio pela tentativa de privação das liberdades de expressão julgamento dos Jornalistas Fernando Mbanze, Fernando Veloso e do Economista Carlos Nuno Castelo-Branco
O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe estão acompanhando as informações relativas ao julgamento dos Jornalistas Fernando Mbanze (Editor do Jornal MediaFax), Fernando Veloso (Editor do Jornal Canal de Moçambique) e do Economista e Professor Universitário, Carlos Nuno Castelo-Branco (Investigados no Instituto de Estudos Económicos e Sociais, Professor da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo; investigador associado da SOAS – School of Oriental and African Studies, da Universidade de Londres; e investigador sénior honorário do Institute for Development Policy and Management, em Manchester). Estamos informados que, com base no pressuposto constitucional, que os confere um conjunto de direitos, deveres e liberdades de expressão e de informação, os indiciados escreveram e publicaram nos órgãos de informação um texto no qual condenavam a má governação que satirizava os princípios e valores mais profundos do Estado de Direito Democrático que em 1990 Moçambique comprometeu-se à consolida-lo. O texto daqueles fazedores de informação, hoje transformado em matéria criminal, fazia apelo em favor da paz e que os benefícios do trabalho fluíssem para todos os moçambicanos.
O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe entendem que os apelos em favor da protecção dos princípios e valores da moçambicanidade construídos e divulgados pelos autores, hoje arguidos, visavam a correcção das imperfeições e das externalidades políticas e económicas que afectavam a sociedade moçambicana no contexto em que esta confrontava-se com os choques resultantes do ambiente de tensão política que opunha o governo e as forças militares da Renamo, na região centro do país e a onda de raptos instalada nos principais centros urbanos, assim como, a ineficiência da máquina governativa do Estado coinquinada pelos negócios desvantajosos ao Estado, pela corrupção e injustiças na distribuição da renda nacional. Na altura, estes fenómenos desassossegavam os moçambicanos e colocaram em causa a confiança e a legitimidade das instituições do estado e do partido no poder, ao mesmo tempo, carcomia a imagem externa do Estado e retraia os investimentos direito estrangeiro no país.
O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe lamentam que as opiniões dos acusados deixaram se ser vistas, por certos sectores, como contribuição em favor da boa-governação, do desenvolvimento e crescimento económico do país, mas sim, como se fosse o abuso de liberdade de imprensa e um crime contra a segurança do Estado. O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os munícipes desta urbe, apoia-se no artigo 48 da Constituição da República de Moçambique que estabelece que todos os cidadãos têm o direito à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa, bem como, o direito à informação. O texto constitucional admite ainda que o exercício de liberdade de expressão, que compreende nomeadamente, a faculdade de divulgar o próprio pensamento por todas as formas legais, e o exercício do direito à informação não podem ser limitados por censura. Com base nestes mandamentos constitucionais, o Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe acham anti-lógico o facto de que o gozo da liberdade de expressão e de opinião daqueles cidadãos moçambicanos não tenha sido protegidos pelas instituições da justiça.
Encontramos neste processo-crime um conjunto de vícios que perigam os princípios e valores democráticos consagrados na Constituição da República de Moçambique e nos demais instrumentos normativos para não encontramos os fundamentos legal, jurídico e constitucional que levam ao banco dos réus os cidadãos Fernando Mbanze, Fernando Veloso e Carlos Castelo-Branco. Desconforta-nos a incongruência jurídica que tenta intimidar e julgar jornalistas, académicos, fazedores de opinião pública para justificar que daqueles réus desempenharam papel determinante para a perda de assentos nas Assembleias Municipais (2013), Provinciais e da República (2014).
Por isso, não concordamos que os apelos feitos em favor da boa governação, da paz e da estabilidade política, de uma maior eficiência e eficácia das instituições do Estado, sejam hoje entendidos como se fossem o abuso de liberdade de imprensa e muito menos como se fosse um crime contra a segurança do Estado, como consta nos processos crimes levantados contra aqueles cidadãos moçambicanos. Situando-nos na dimensão política deste julgamento, apelamos aos órgãos da justiça para o entendimento jurídico de que a perda da legitimidade manifesta pela redução da representatividade política também não devem ser confundidos como se fosse o abuso de liberdade de imprensa e um crime contra a segurança do Estado, mas sim, uma alternância natural de poder necessária para a existência e consolidação de qualquer democracia. Por isso, neste julgamento devemos reconhecer a existência de sectores irritáveis pela redução e perda do poder políticos em 2013 e 2014. Esses sectores temem que sejam responsabilizados dentro dos seus partidos políticos pelo seu fraco desempenho eleitoral. Por isso, procuram identificar falsos causadores da derrota e responsabiliza-los criminalmente por fundamentos que não encontram enquadramentos jurídicos. Não existindo um fundamento jurídico-legal favorável a criminalização daqueles réus, é nesta dimensão política onde encontramos as reais causas deste processo-crime.
Em estreito respeito da Constituição e da doutrina jurídica, o Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os seus munícipes manifestam seu repúdio com relação ao julgamento dos jornalistas Fernando Mbanze e Fernando Veloso, assim como, do Economista e respeitado académico Professor Doutor Carlos Nuno Castelo-Branco. Por isso, em prol da consolidação da democracia moçambicana, da confiança das instituições da justiça em Moçambique, para a legitimação do Estado e da classe dirigente, apelamos a anulação imediata do processo-crime com índole político levantado contra os réus Fernando Mbanze, Fernando Veloso e do Académico e Economista Carlos Nuno Castela Branco.
Manuel de Araújo,
Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane
O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe estão acompanhando as informações relativas ao julgamento dos Jornalistas Fernando Mbanze (Editor do Jornal MediaFax), Fernando Veloso (Editor do Jornal Canal de Moçambique) e do Economista e Professor Universitário, Carlos Nuno Castelo-Branco (Investigados no Instituto de Estudos Económicos e Sociais, Professor da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo; investigador associado da SOAS – School of Oriental and African Studies, da Universidade de Londres; e investigador sénior honorário do Institute for Development Policy and Management, em Manchester). Estamos informados que, com base no pressuposto constitucional, que os confere um conjunto de direitos, deveres e liberdades de expressão e de informação, os indiciados escreveram e publicaram nos órgãos de informação um texto no qual condenavam a má governação que satirizava os princípios e valores mais profundos do Estado de Direito Democrático que em 1990 Moçambique comprometeu-se à consolida-lo. O texto daqueles fazedores de informação, hoje transformado em matéria criminal, fazia apelo em favor da paz e que os benefícios do trabalho fluíssem para todos os moçambicanos.
O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe entendem que os apelos em favor da protecção dos princípios e valores da moçambicanidade construídos e divulgados pelos autores, hoje arguidos, visavam a correcção das imperfeições e das externalidades políticas e económicas que afectavam a sociedade moçambicana no contexto em que esta confrontava-se com os choques resultantes do ambiente de tensão política que opunha o governo e as forças militares da Renamo, na região centro do país e a onda de raptos instalada nos principais centros urbanos, assim como, a ineficiência da máquina governativa do Estado coinquinada pelos negócios desvantajosos ao Estado, pela corrupção e injustiças na distribuição da renda nacional. Na altura, estes fenómenos desassossegavam os moçambicanos e colocaram em causa a confiança e a legitimidade das instituições do estado e do partido no poder, ao mesmo tempo, carcomia a imagem externa do Estado e retraia os investimentos direito estrangeiro no país.
O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe lamentam que as opiniões dos acusados deixaram se ser vistas, por certos sectores, como contribuição em favor da boa-governação, do desenvolvimento e crescimento económico do país, mas sim, como se fosse o abuso de liberdade de imprensa e um crime contra a segurança do Estado. O Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os munícipes desta urbe, apoia-se no artigo 48 da Constituição da República de Moçambique que estabelece que todos os cidadãos têm o direito à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa, bem como, o direito à informação. O texto constitucional admite ainda que o exercício de liberdade de expressão, que compreende nomeadamente, a faculdade de divulgar o próprio pensamento por todas as formas legais, e o exercício do direito à informação não podem ser limitados por censura. Com base nestes mandamentos constitucionais, o Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os Munícipes desta urbe acham anti-lógico o facto de que o gozo da liberdade de expressão e de opinião daqueles cidadãos moçambicanos não tenha sido protegidos pelas instituições da justiça.
Encontramos neste processo-crime um conjunto de vícios que perigam os princípios e valores democráticos consagrados na Constituição da República de Moçambique e nos demais instrumentos normativos para não encontramos os fundamentos legal, jurídico e constitucional que levam ao banco dos réus os cidadãos Fernando Mbanze, Fernando Veloso e Carlos Castelo-Branco. Desconforta-nos a incongruência jurídica que tenta intimidar e julgar jornalistas, académicos, fazedores de opinião pública para justificar que daqueles réus desempenharam papel determinante para a perda de assentos nas Assembleias Municipais (2013), Provinciais e da República (2014).
Por isso, não concordamos que os apelos feitos em favor da boa governação, da paz e da estabilidade política, de uma maior eficiência e eficácia das instituições do Estado, sejam hoje entendidos como se fossem o abuso de liberdade de imprensa e muito menos como se fosse um crime contra a segurança do Estado, como consta nos processos crimes levantados contra aqueles cidadãos moçambicanos. Situando-nos na dimensão política deste julgamento, apelamos aos órgãos da justiça para o entendimento jurídico de que a perda da legitimidade manifesta pela redução da representatividade política também não devem ser confundidos como se fosse o abuso de liberdade de imprensa e um crime contra a segurança do Estado, mas sim, uma alternância natural de poder necessária para a existência e consolidação de qualquer democracia. Por isso, neste julgamento devemos reconhecer a existência de sectores irritáveis pela redução e perda do poder políticos em 2013 e 2014. Esses sectores temem que sejam responsabilizados dentro dos seus partidos políticos pelo seu fraco desempenho eleitoral. Por isso, procuram identificar falsos causadores da derrota e responsabiliza-los criminalmente por fundamentos que não encontram enquadramentos jurídicos. Não existindo um fundamento jurídico-legal favorável a criminalização daqueles réus, é nesta dimensão política onde encontramos as reais causas deste processo-crime.
Em estreito respeito da Constituição e da doutrina jurídica, o Conselho Municipal da Cidade de Quelimane e os seus munícipes manifestam seu repúdio com relação ao julgamento dos jornalistas Fernando Mbanze e Fernando Veloso, assim como, do Economista e respeitado académico Professor Doutor Carlos Nuno Castelo-Branco. Por isso, em prol da consolidação da democracia moçambicana, da confiança das instituições da justiça em Moçambique, para a legitimação do Estado e da classe dirigente, apelamos a anulação imediata do processo-crime com índole político levantado contra os réus Fernando Mbanze, Fernando Veloso e do Académico e Economista Carlos Nuno Castela Branco.
Manuel de Araújo,
Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Quelimane
Angola
Detainees Plead with Fellow Prisoner to End Hunger Strike
LUSA, October 26,
2015
Luaty Beirão, the 33 year old Angolan musician is on the thirty-sixth (36) day of a hunger strike. He is protesting against the detention in June of a group of activists who have since been accused of trying to overthrow the president.
"They are asking for Luaty to return to them alive and healthy; they look up to him as a respected moral leader," said the activist Rafael Marques to Lusa. Marques had visited the fourteen prisoners at the São Paulo prison in Luanda; he then took the message over to Luaty Beirão who has been admitted into a clinic in the Angolan capital.
Rafael Marques told Lusa that he took messages from the fourteen to Luaty Beirão "so that he, without any pressure, will listen to the voice of his companions and prison colleagues in the cause he has been fighting for, to know what they think ought to be the next steps."
Read more: http://bit.ly/1MO36MN
Thursday, September 10, 2015
MUNICÍPIO DE QUELIMANE
CONSELHO MUNICIPAL
PRESIDENTE
AV. Josina
Machel nº558, Caixa Postal nº 68, telefax: +24213218, email: cmcqgp@gmail.com-
Cidade de Quelimane
CARTA ABERTA AOS PARTICIPANTES DA III CONFERÊNCIA
NACIONAL RELIGIOSA
Senhor Presidente da República de Moçambique, Excelência,
Senhor Governador da Província da Zambézia, Excelência,
Senhor Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e
Religiosos, Excelência,
Senhores Deputados, Excelências,
Senhores Membros do Governo, Excelências
Senhores Presidentes dos Tribunais Judicial e Fiscal Provincial,
Excelência,
Estimados Líderes Religiosos,
Sejam bem vindos ao solo municipal Quelimanense! Sejam
bem vindos a terra da galinha a zambeziana e da mukapatha! Sejam bem vindos a
terra das bicicletas e do nyambaro!
Permitam-se iniciar esta Carta Aberta dirigindo palavras
de louvor e aclamação à Sua Excelência, Senhor Presidente da República, Jacinto
Filipe Nhussi, entanto que o Mais Alto Magistrado da nossa Republica. As nossas
palavras de louvor e aclamação são estendidas à toda prestigiosa Assembleia Religiosa
que partindo de diferentes cantos do nosso país e do mundo, se juntaram a nós
para partilharmos experiências, ensinamentos, princípios e valores religiosos
que no dia-a-dia transmitimos aos nossos crentes, as nossas comunidades
religiosas e aos nossos povos.
Agradecemos aos organizadores do evento por terem escolhido
a nossa cidade, o nosso município, como sendo o altar apropriado para
realização desta III Conferência Nacional Religiosa, num momento tao precioso
da historia da nossa patria. Ao nossos ver, alguns factores influenciado a
escolha do Município da Cidade de Quelimane para a realização deste reencontro
religioso. Para além de uma opção meramente logística, relevante no contexto em
que nos confrontamos com a crise financeira e os apelos da racionalidade
económica e financeira, acreditamos que a vossa escolha também deveu-se ao
facto da Província da Zambézia e o Município da Cidade de Quelimane
desempenharem um papel importante no desenvolvimento e expansão dos princípios
e dos valores religiosos da fraternidade, do amor à Deus e ao próximo. Somos
uma Província religiosamente heterogénea com a capacidade de aceitarmos de
forma tolerante e fraterna, todos os tipos de diferenças. Somos reconhecidos
como uma Província heterogénea, pluralista, com maior número de crentes
professando diferentes religiões, entre elas:
·
Católica,
·
Anglicana
·
Islâmica
·
Sião/Zione
·
Hindu
·
Religião Evangélica/Pentecostal
- inclui as Igrejas Adventistas, Apostólicas, Baptistas,
Evangélicas, Luteranas, Metodistas, Presbiterianas,
A província da Zambézia de que somos capital, é um
verdadeiro mosaico religioso onde 40.0% da sua população professa a religião Crista
na sua vertente Católica. De
acordo com os dados oficiais, a população que professa a religião Islâmica representa entre dez a vinte
por cento da população da Zambézia. E desta, maior parte é da zona urbana
(10.8%). As outras religiões:
Zione, Evangélica, Luterana, Metodista são professadas por 14.6% da população
da Província. Os desafios da evangelização na província ainda persistem. Temos 15.2%
da nossa população que não professa nenhuma religião. A despeito das diferenças doutrinais, as diferentes instituições
religiosas existentes nesta Província estão unidas por uma visão comum do mundo
que ancora toda a vida na autoridade de um ser Sagrado e num ethos
compartilhado que se expressa através do amor, da paixão e da fraternidade
entre os homens.
A nossa Constituição da República de
Moçambique estabelece que somos um Estado laico. A laicidade do Estado assenta
na separação entre o Estado e as confissões religiosas. Mesmo com esta dimensão
da laicidade, precisamos de reconhecer o importante papel das confissões
religiosas na moralização da sociedade moçambicana, de um lado, assim como, precisamos
de reconhecer e valorizar as actividades das confissões religiosas visando
promover um clima de entendimento, tolerância, paz e da fraternidade, o
bem-estar espiritual e material dos cidadãos e o desenvolvimento económico e
social. A análise que fizemos a este pressuposto constitucional leva ao
entendimento de que, embora, Moçambique seja um Estado Constitucionalmente
laico, o Estado nos seus mais diversos níveis privados e público da sua
actuação funda-se nos princípios e valores religiosos da fraternidade, do amor
ao próximo. Estes princípios são valores e princípios que nos inspiram para o
respeito, a tolerância, o amor ao próximo, a fraternidade e a filantropia que
cada um de nós, como líderes religiosos, dirigentes das instituições públicas
ou privadas.
Em
Moçambique, na Zambézia e em Quelimane particularmente, nos mais diversos
processos históricos e políticos, as confissões religiosas desempenharam,
diferentes papeis quer nos processos de desenvolvimento político, económico e
social, assim como de reconciliação nacional. Refira-se que durante os conflitos
armados, que terminou com a assinatura do Acordo geral de Paz e a assinatura do
Acordo de Cessação de Hostilidades, as confissoes religiosas, como maior
destaque para a Igreja Católica e o Conselho Cristão de Moçambique defendiam
junto do governo e nao so. a política de reconciliação nacional.Por isso, no
actual diálogo político em que a Paz e Estabilidade Política estão sendo
ameaçadas, as Instituições Religiosas são convidadas a tornarem-se mais actuantes
na busca dos caminhos da Paz e da Estabilidade Nacional.
Neste momento crucial da historia da
nossa jovem democracia, seria importante recordar a Primeira Carta Encíclica de
Paulo aos Coríntios quando dizia o seguinte: ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse o
amor, seria como o metal que soa ou como o sino que treme. A carta do
Apostolo Paulo é uma das mais belas obras religiosas que encontramos na
Literatura e que achamos relevante partilharmos com os membros das diversas confissões
religiosas presentes nesta III Conferência Nacional
Religiosa e nao so. O
apóstolo Paulo inspirou-se de um antigo hino cristão e o adaptou para ajudar os
leitores da carta a entenderem seu recado e transmitirem a pedagogia do amor,
da fraternidade, da compaixão e da esperança. Paulo recorda-nos que o maior Dom
que possa existir na vida é o amor e a fraternidade dedicados à Deus e ao
Próximo.
O que Paulo afirma na sua carta
dirigida aos Coríntios também está em Mateus 22, 34-40 34. Sabendo os fariseus
que Jesus reduzira ao silêncio os saduceus, reuniram-se e um deles, na altura
entendido como o Doutor da Lei, perguntava a Jesus Cristo para pô-lo à prova: Mestre, qual é o maior mandamento da Lei de
Deus? Respondeu Jesus:
-
Amarás o Senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma e de toda tua
inteligência. Estes são os primeiros e maiores mandamentos;
-
Amarás teu próximo como a ti mesmo.
Nesses dois mandamentos encontramos
a inspiração, a fonte da luz, da esperança que orientam os profetas, as confissões
religiosas. Nestes mandamentos, as instituições do Estado e os municípios devem
buscar a fonte de inspiração e de actuação na defesa da fraternidade e da
irmandade.
Encontramos também dentro dos pilares do Alcorão a
fé da nossa religião islâmica que se opõe à exclusão, a separação, ao abandono,
a discriminação e estigmatizarão do próximo. No final da Surata Al Bacará diz: “Todos
os crentes creem em Allah, em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus
mensageiros. Nós não fazemos distinção entre os Seus mensageiros.”
(Alcorão Sagrado, 2:285). Essa ética divina invocada pelo Alcorão é seguida por
todo muçulmano que visualizam todos os profetas e mensageiros com todo o
respeito, porque todos foram enviados por Deus com uma só mensagem: o de adorarmos somente a Allah, e não Lhe
atribuirmos parceiros. Portanto, são irmãos na convocação das pessoas para a
senda de Deus.
Meus Senhores e minhas Senhoras,
Realizamos a III Conferência
Nacional Religiosa num momento em que o país confronta-se com dois principais desafios
nos quais em cada dia a Paz e a Estabilidade Política encontram-se ameaçadas.
O
primeiro desafio tem o carácter político: nos
últimos dias, adensou o clima de desconfiança e tensão que envolve a política
moçambicana desde as eleições de 2014 e que levou aos confrontos armados de
Julho, na província de Tete. O ambiente de tensão que estamos vivendo tem
revelado que apesar da Paz alcançada em 1992 o processo de reconciliação, da
consolidacao da democracia, do amor e da fraternidade nacional ainda continuam
sendo frágeis. Negociamos armados, inspirados no odia, na vinganca! Negociamos
para aldrabar o outro, para humilhar e espezinhar o proximo! Negociamos para
derrotar ao proximo e podermos proclamar a nossa victoria! Um acordo que cria
vencidos e vencedores nao e, e nem sera, a solucao para os problemas de uns e
de outros! Um acordo baseado nesses principios e com toda a certeza, a materia
prima para o proximo troar de armas entre irmaos! Por isso, se quisermos
encontrar uma solução sustentável em relação às reivindicações apresentadas por
uma ou por outra formação política, deveremos alterar o nosso paradigma de
análise e observação do espectro de conflito em que o nosso sistema político
pode estar atravessando. Caros líderes religiosos, caros parlamentares, membros
do governo, do corpo diplomático, membros da sociedade civil amantes do povo
mocambicanos. O melhor medico nao aquele que nos receita o remedio mais doce,
menos amargo, ou menos doloroso, mas sim aquele que nos receita a medicacao
correcta, por mais amarga ou dolorosa que seja! O melhor amigo nao aquele que
nos elogia, mas sim aquele que mesmo sabendo da nossa possivel reaccao tem a
coragem de nos dizer a dura verdade sobre nossos actos e pensamentos! A
persistência do conflito em que o País vive e tem dificuldade de supera-lo
passa necessariamente pela necessidade de superação de alguns preconceitos
negativos com os quais fomos socializados desde a nossa infância, a
adolescência e teimamos em ainda conviver com eles. A sociedade moçambicana
precisa de desconstruir o conceito oposição=inimigo que deve ser extirpado e
excluído do campo político nacional. Precisamos de aceitar com humildade, o pensar
diferente com o sentido elevado da fraternidade, do amor e carinho ao próximo!
Todos, independentemente das nossas diferenças, pertencemos a este espaço,
chamado Mocambique Como filhos de Deus merecemos todo o respeito, a dignidade,
o amor e a concórdia. É dentro destes princípios onde enquadramos o discurso do
Senhor Presidente Felipe Nhysi quando declarou-se disposto a encontrar-se com o
líder da oposição para falar da Paz, da Reconciliação e do Desenvolvimento e
ultrapassar o potencial de risco e da guerra. Excias, o mundo onde o nosso pais
se encontra, esta numa competicao intensa entre regioes e entre paises!
Enquanto nos distraimos com querelas internas, outros paises vao tomando aquele
que e e deverioa ser o nosso lugar no ‘Concerto das Nacoes’! Quando acordarmos,
ja o comboio do progresso tera apitado tres vezes e partido...
O segundo desafio nacional tem um carácter económico: apesar de todos esforços feitos
pelo Estado e pelas confissões religiosas que lutam em prol do desenvolvimento
e crescimento económico, a maior parte da população moçambicana vive com níveis
de pobreza bastante alarmantes. A pobreza e a desnutrição continuam com níveis
bastante elevados. Nos últimos anos, o crescimento do consumo per capita diminuiu drasticamente e a
corrupção permanece alta. Nas zonas rurais prevalece a baixa produtividade em
virtude do baixo acesso aos fertilizantes e insumos agrícolas, fraco acesso ao
crédito e falta de infra-estruturas. Estes e outros aspectos concorreram para
que o cumprimento das metas dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM) não
fosse atingido.
A exclusao economica e uma ameaca a
paz e por isso deve merecer a atencao de todos os actores, incluindo as
confissoes religiosas.
Confrontados com os elementos do contexto político e
económico, em que o país esta vivendo actualmente, existem três passos
importantes que exigem uma reflexão:
a) Primeiro, precisamos
de desenvolver uma Campanha em favor da Fraternidade, da Concórdia e da
Reconciliação Nacional. A proposta de uma Campanha em favor da Fraternidade, da
Concórdia e da Reconciliação deverá envolver todos os moçambicanos sem
distinção das suas cores políticas, religiosas, culturais e nem étnicas. Com
base nessa campanha deveremos assumir que cada um de nós, líderes religiosos,
políticos e dirigentes sejam inspirados pelo princípio do Apóstolo Marcos que
nos ensina a ‘vivermos para servir o povo e não para nos servirmos do povo’.
b) Segundo, para além de uma Campanha
Nacional em favor da Fraternidade, da Concórdia e da Reconciliação, precisamos
de estabelecer um compromisso colectivo entre as Religiões e o Estado para que
se reflicta no respeito da Dignidade Humana, bem como na Justiça Social, no Serviço
da Igreja à sociedade. Aparece a preocupação das lideranças da Igreja com o seu
agir direccionando a sugestões pastorais para a vivência da Campanha da
Fraternidade nos diversos locais de culto e nao so como as mesquitas, dioceses,
paróquias, Sinagogas e comunidades.
c) Terceiro, o
projecto e a visão social que precisamos de estabelecer devem colocar no centro
da sua agenda a importância da dignidade
humana, do bem comum e da justiça social. Precisamos de reforçar o
papel das Religiões e coloca-la ao Serviço da sociedade. Precisamos de
reflectir muito mais o papel das lideranças da Igreja com o seu agir fraterno
direccionando sugestões pastorais para a vivência da Campanha da Fraternidade.
Terminamos esta Carta Aberta reiterando que cada um dos crentes
das nossas confissões religiosas; Cada um dos membros das nossas comunidades; cada
um dos membros das nossas formações políticas; cada um dos membros das nossas
instituições públicas ou privadas precisam do amor,da fraternidade, da justiça (social,
politica e social, e da concórdia, enfim da INCLUSAO. As nossas confissões
religiosas desempenham um papel importante para o alcance destes valores
preciosos procurados por todos.
Os nossos crentes, as nossas comunidades, as nossas
instituicoes religiosas precisam de encontrar o carácter superior do amor
transformado em obras produzidas em favor dos crentes e dos povos. Por isso,
cabe a cada de nós, presentes e ausentes deste fórum o compromisso colectivo
para a materialização dos anseios colectivos do nosso povo e da nossa patria.
Esta patria e de todos, nao devendo haver cidadaos da primeira e cidadaos da
segunda!
Sintam-se em casa na paz do Senhor!
PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DA
CIDADE DE QUELIMANE
Manuel de Araújo
Saturday, August 29, 2015
Committee to Protect Journalists Statement
Journalist shot dead in Mozambique
New York, August 28, 2015-An unidentified gunman shot dead a Mozambican journalist who was out jogging in the capital city of Maputo early today, according to news reports . Paulo Machava was the publisher of the news website Diario de Noticias and had worked with Rádio Moçambique and the weekly Savana, according to reports . Machava was also involved in a campaign supporting an economist and two reporters who are being tried for defamation, thestate news agency said . The economist had criticized former PresidentArmando Guebuza and the reporters had republished the criticism.
"We are appalled by the brazen murder of Paulo Machava and call on authorities to investigate the crime efficiently, identify the motive, and prosecute the killers," said CPJ Africa Program Coordinator Sue Valentine. "Machava's murder has no place in a country striving to build a democracy that two decades ago emerged from civil conflict."
CPJ has documented the killing of only one journalist indirect
relation to his work since the organization began keeping records in 1992. In November 2000, CarlosCardoso , editor of the daily newsletter Metical, was gunned down inMaputo outside his office after the outlet published an investigation into alleged corruption at a major Mozambican bank. In 2003, six men were convicted for the murder,including one, Anibal dos Santo sJunior, who was sentenced to 30 years, according to newsreports . The son of former President Joaquim Chissanowas charged as the mastermind but died before the trial.
· For data and analysis on Mozambique,visit CPJ's Mozambique page .
CPJ is an independent, nonprofit organization that works to safeguard press freedom worldwide.
Journalist shot dead in Mozambique
New York, August 28, 2015-An unidentified gunman shot dead a Mozambican journalist who was out jogging in the capital city of Maputo early today, according to news reports . Paulo Machava was the publisher of the news website Diario de Noticias and had worked with Rádio Moçambique and the weekly Savana, according to reports . Machava was also involved in a campaign supporting an economist and two reporters who are being tried for defamation, thestate news agency said . The economist had criticized former PresidentArmando Guebuza and the reporters had republished the criticism.
"We are appalled by the brazen murder of Paulo Machava and call on authorities to investigate the crime efficiently, identify the motive, and prosecute the killers," said CPJ Africa Program Coordinator Sue Valentine. "Machava's murder has no place in a country striving to build a democracy that two decades ago emerged from civil conflict."
CPJ has documented the killing of only one journalist indirect
relation to his work since the organization began keeping records in 1992. In November 2000, CarlosCardoso , editor of the daily newsletter Metical, was gunned down inMaputo outside his office after the outlet published an investigation into alleged corruption at a major Mozambican bank. In 2003, six men were convicted for the murder,including one, Anibal dos Santo sJunior, who was sentenced to 30 years, according to newsreports . The son of former President Joaquim Chissanowas charged as the mastermind but died before the trial.
· For data and analysis on Mozambique,visit CPJ's Mozambique page .
CPJ is an independent, nonprofit organization that works to safeguard press freedom worldwide.
Thursday, August 20, 2015
Quelimane, Capital da Cultura!
No ambito das celebracoes dos 73 anos de elevacao de Quelimane a
categoria de Cidade, foram lancadas ontem no Salao Nobre do Concelho
Municipal da Cidade de Quelimane, capital provincial da Zambezia,
cinco obras literarias. Trata-se das obras 'A Ciencia de Deus e o Sexo
das Borboletas' e a 'A Flauta do Oriente' de Daniel da Costa, 'O
curandeiro contratado pelo meu edil' e 'A adubada Fecundidade E outros
contos' de Dany Wambire e 'Almas em Tacitas' de Lino Mukurruza.
Daniel da Costa reside na Cidade de Tete, Dany Wambire na Cidade da
Beira e lino mukurruza na cidade de Lichinga.
No Sabado, dia 22 de Agosto, sera lancada a obra 'Pneu em chamas' do
escritor Jorge de Oliveira.
categoria de Cidade, foram lancadas ontem no Salao Nobre do Concelho
Municipal da Cidade de Quelimane, capital provincial da Zambezia,
cinco obras literarias. Trata-se das obras 'A Ciencia de Deus e o Sexo
das Borboletas' e a 'A Flauta do Oriente' de Daniel da Costa, 'O
curandeiro contratado pelo meu edil' e 'A adubada Fecundidade E outros
contos' de Dany Wambire e 'Almas em Tacitas' de Lino Mukurruza.
Daniel da Costa reside na Cidade de Tete, Dany Wambire na Cidade da
Beira e lino mukurruza na cidade de Lichinga.
No Sabado, dia 22 de Agosto, sera lancada a obra 'Pneu em chamas' do
escritor Jorge de Oliveira.
Saturday, May 23, 2015
Carta Aberta ao Ministro Mesquita
Caros concidadaos!
Pretendo com este blogue iniciar um movimento onde os utentes da companhia de bandeira partilhem as suas experiencias no sentido de ajudar a melhorar os servicos da companhia e quem sabe tambem ajude a acabar com o monopolio desta companhia, razao fundamental, a nosso modesto ver, da sua ma performance!
Apesar de possuir profissionais de grande calibre, os servicos prestados pelas nossas Linhas Aereas de Mocambique deixam a desejar: saoa avarias constantes que deixam os utentes 'literalmente pendurados', sao 'antecipacoes de voos' sem aviso previo, sao atrasos sem explicacao plausivel, sao voos que deveriam sair num dia e so saem no dia seguinte e invariavelmente quem arca com as consequencias somos nos que pagamos os bilhetes!
Por razoes profissionais, desloquei-me a Durban. Na ultima Quarta feira, dia 21 de Maio 2015, fiz o voo de regresso Durban-Maputo, saindo de Durban no voo da AirLink, pontualmente com a chegada prevista para
as 11.30, se a memoria nao me trai. Apesar de o aeroporto ter sido encerrado por mais de duas horas (sera necessario encerrar um aeroporto por duas horas, para receber um Presidente de um pais 'non-grato', que como se nao bastasse o facto de termos destruido o nosso pais para ajudar este pais a libertar-se do apartheir, ainda por cima seus concidadaos ingratos matam inocentemente nossos cidadaos, escorracam-nos do se pais e a policia prende, maltrata nossos concidadaos! Mas isso e pano para outra manga!
Dizia eu que o aeroporto foi encerrado por duas horas, pelo que sei porque o famoso lider nao chegou a hora marcada, fazendo o nosso Presidente 'apanhar seca! Essa do Presidente Nyussi apanhar seca comeca a ser norma! Apanhou com o Lider da Renamo e desta vez parece que apanhou tambem com o seu homologo sul africano, o que nada abona, pelo menos na segunda hipotese a nossa 'auto-estima'!
Chegados a Maputo fiz-me a cidade, pois tinha algumas reunioes programadas e cerca das 14.00 horas mandei fazer o check in! Qual nao foi o meu espanto!: o meu voo havia sido antecipado em mais de 7 horas!
Nao acreditei! Que raio de eficiencia e essa? E porque e que nao informaram ao passageiro, a agencia que comprou o bilhete, COTUR ou a instituicao que mandou comprar os bilhetesm neste caso a Chemionics? Porque tinha um compromisso inadiavel no dia seguinte as 11.15 minutos em Quelimane, pensei em apanhar o voo para Nampula! naquele dia para meu azar todos os voos a Nampula ja haviam partido! A unica solucao era voar para Beira e depois fazer mais de 1000 kms em 09.00 horas de carro numa estrada Nacional que a nossa vergonha nacional por falta de manutencao!
Para a Beira so havia um voo as 19.00 horas que felizmente saiu a horas! As 20.15, num voo sem turbulencias cheguei a Beira e de la iniciei a turbulenta viagem de regresso a casa que iniciou as 02.30 da manha e so terminou as 10.00 horas com todos os riscos a isso associados!
A pergunta que faco e simples: ate quando o monoolio das Linhas Aereas de Mocambique na
na espinha dorsal- Maputo-Beira-Quelimane-Nampula-Pemba?
E mais nao disse!
Manuel de Araujo
Pretendo com este blogue iniciar um movimento onde os utentes da companhia de bandeira partilhem as suas experiencias no sentido de ajudar a melhorar os servicos da companhia e quem sabe tambem ajude a acabar com o monopolio desta companhia, razao fundamental, a nosso modesto ver, da sua ma performance!
Apesar de possuir profissionais de grande calibre, os servicos prestados pelas nossas Linhas Aereas de Mocambique deixam a desejar: saoa avarias constantes que deixam os utentes 'literalmente pendurados', sao 'antecipacoes de voos' sem aviso previo, sao atrasos sem explicacao plausivel, sao voos que deveriam sair num dia e so saem no dia seguinte e invariavelmente quem arca com as consequencias somos nos que pagamos os bilhetes!
Por razoes profissionais, desloquei-me a Durban. Na ultima Quarta feira, dia 21 de Maio 2015, fiz o voo de regresso Durban-Maputo, saindo de Durban no voo da AirLink, pontualmente com a chegada prevista para
as 11.30, se a memoria nao me trai. Apesar de o aeroporto ter sido encerrado por mais de duas horas (sera necessario encerrar um aeroporto por duas horas, para receber um Presidente de um pais 'non-grato', que como se nao bastasse o facto de termos destruido o nosso pais para ajudar este pais a libertar-se do apartheir, ainda por cima seus concidadaos ingratos matam inocentemente nossos cidadaos, escorracam-nos do se pais e a policia prende, maltrata nossos concidadaos! Mas isso e pano para outra manga!
Dizia eu que o aeroporto foi encerrado por duas horas, pelo que sei porque o famoso lider nao chegou a hora marcada, fazendo o nosso Presidente 'apanhar seca! Essa do Presidente Nyussi apanhar seca comeca a ser norma! Apanhou com o Lider da Renamo e desta vez parece que apanhou tambem com o seu homologo sul africano, o que nada abona, pelo menos na segunda hipotese a nossa 'auto-estima'!
Chegados a Maputo fiz-me a cidade, pois tinha algumas reunioes programadas e cerca das 14.00 horas mandei fazer o check in! Qual nao foi o meu espanto!: o meu voo havia sido antecipado em mais de 7 horas!
Nao acreditei! Que raio de eficiencia e essa? E porque e que nao informaram ao passageiro, a agencia que comprou o bilhete, COTUR ou a instituicao que mandou comprar os bilhetesm neste caso a Chemionics? Porque tinha um compromisso inadiavel no dia seguinte as 11.15 minutos em Quelimane, pensei em apanhar o voo para Nampula! naquele dia para meu azar todos os voos a Nampula ja haviam partido! A unica solucao era voar para Beira e depois fazer mais de 1000 kms em 09.00 horas de carro numa estrada Nacional que a nossa vergonha nacional por falta de manutencao!
Para a Beira so havia um voo as 19.00 horas que felizmente saiu a horas! As 20.15, num voo sem turbulencias cheguei a Beira e de la iniciei a turbulenta viagem de regresso a casa que iniciou as 02.30 da manha e so terminou as 10.00 horas com todos os riscos a isso associados!
A pergunta que faco e simples: ate quando o monoolio das Linhas Aereas de Mocambique na
na espinha dorsal- Maputo-Beira-Quelimane-Nampula-Pemba?
E mais nao disse!
Manuel de Araujo
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A Chemonics International, é uma empresa de consultoria baseada nos Estados Unidos da América e está a recrutar profissionais para o Programa de Adaptação das Cidades Costeiras (CCAP), que visa aumentar a resiliência das cidades costeiras aos efeitos das mudanças climáticas, por um lado, incorporando aspectos de adaptação às mudanças climáticas nas actividades, processos e planos de desenvolvimento municipal e, por outro lado, apoiando na implementação das medidas adaptativas. Assim sendo, procura candidatos para duas posições abaixo descritas:
1. Conselheiro Municipal – baseado em Quelimane: dentre várias responsabilidades que o candidato irá desempenhar destacam – se as seguintes: Trabalhar em estreita colaboração com diversos actores e directamente com funcionários municipais para desenvolver e implementar um programa de formação e assistência técnica para melhorar os seus conhecimentos técnicos sobre a adaptação às mudanças climáticas (AMC) e redução de risco de desastres (RRD) com ênfase na prestação de serviços municipais resilientes;
Qualificações:
Mestrado em políticas públicas, administração pública, gestão ambiental ou outras áreas relevantes, ou o nível de Licenciatura e 5 anos de experiência em administração de municípios ou administração pública;
Experiência comprovada na administração municipal, administração pública, participação cívica, desenvolvimento comunitário, sociedade civil e planificação de políticas;
Experiência em programas de adaptação às mudanças climáticas em África ou na sub-região da África Austral será preferida;
Fluência em Português e domínio de Inglês.
2. Conselheiros Comunitários – baseados em Quelimane e Pemba: dentre várias responsabilidades destacam se: Garantir e fazer o acompanhamento de todas as actividades de nível comunitário e que estas sejam implementadas de acordo com os princípios e procedimentos do Programa. Parte das intervenções a este nível visam a proactividade das comunidades para a melhoria das práticas de higiene e saneamento, gestão comunitária de recursos naturais, medidas e as boas prácticas de gestão e protecção costeiras para redução da sua vulnerabilidade aos efeitos das mudanças climáticas;
Qualificações:
Nível de Licenciatura em estudos de desenvolvimento, ciências biológicas, gestão ambiental, ciências sociais ou equivalente;
Ter 5 anos de experiência efectiva em actividades de mobilização comunitária;
Habilidades de comunicação e facilitação;
Experiência na área de comunicação para a mudança de comportamento;
Conhecimento sobre a extensão rural, Diagnóstico Rural Participativo (DRP), gestão de recursos naturais e redução de riscos e desastres;
Experiência em programas de adaptação as mudanças climáticas, será uma vantagem;
Fluência em Português e conhecimentos sobre as línguas Macua e Chuabo é uma vantagem;
Habilidades orais e escrita de inglês é uma vantagem
Locais de trabalho:
O Conselheiro Municipal estará baseado no Município de Quelimane
Os Conselheiros Comunitários estarão baseados (1) Município de Quelimane (1) Município de Pemba.
Métodos de Candidatura: Todos os candidatos interessados deverão submeter os seus CV´s com uma carta de apresentação para o seguinte endereço electrónico: vacancies@ccap-mz.org indicando no assunto a posição pretendida até as 17 horas do dia 31 de Maio de 2015. Não serão aceite nenhuma solicitação por telefone. Apenas os candidatos seleccionados serão contactados.
1. Conselheiro Municipal – baseado em Quelimane: dentre várias responsabilidades que o candidato irá desempenhar destacam – se as seguintes: Trabalhar em estreita colaboração com diversos actores e directamente com funcionários municipais para desenvolver e implementar um programa de formação e assistência técnica para melhorar os seus conhecimentos técnicos sobre a adaptação às mudanças climáticas (AMC) e redução de risco de desastres (RRD) com ênfase na prestação de serviços municipais resilientes;
Qualificações:
Mestrado em políticas públicas, administração pública, gestão ambiental ou outras áreas relevantes, ou o nível de Licenciatura e 5 anos de experiência em administração de municípios ou administração pública;
Experiência comprovada na administração municipal, administração pública, participação cívica, desenvolvimento comunitário, sociedade civil e planificação de políticas;
Experiência em programas de adaptação às mudanças climáticas em África ou na sub-região da África Austral será preferida;
Fluência em Português e domínio de Inglês.
2. Conselheiros Comunitários – baseados em Quelimane e Pemba: dentre várias responsabilidades destacam se: Garantir e fazer o acompanhamento de todas as actividades de nível comunitário e que estas sejam implementadas de acordo com os princípios e procedimentos do Programa. Parte das intervenções a este nível visam a proactividade das comunidades para a melhoria das práticas de higiene e saneamento, gestão comunitária de recursos naturais, medidas e as boas prácticas de gestão e protecção costeiras para redução da sua vulnerabilidade aos efeitos das mudanças climáticas;
Qualificações:
Nível de Licenciatura em estudos de desenvolvimento, ciências biológicas, gestão ambiental, ciências sociais ou equivalente;
Ter 5 anos de experiência efectiva em actividades de mobilização comunitária;
Habilidades de comunicação e facilitação;
Experiência na área de comunicação para a mudança de comportamento;
Conhecimento sobre a extensão rural, Diagnóstico Rural Participativo (DRP), gestão de recursos naturais e redução de riscos e desastres;
Experiência em programas de adaptação as mudanças climáticas, será uma vantagem;
Fluência em Português e conhecimentos sobre as línguas Macua e Chuabo é uma vantagem;
Habilidades orais e escrita de inglês é uma vantagem
Locais de trabalho:
O Conselheiro Municipal estará baseado no Município de Quelimane
Os Conselheiros Comunitários estarão baseados (1) Município de Quelimane (1) Município de Pemba.
Métodos de Candidatura: Todos os candidatos interessados deverão submeter os seus CV´s com uma carta de apresentação para o seguinte endereço electrónico: vacancies@ccap-mz.org indicando no assunto a posição pretendida até as 17 horas do dia 31 de Maio de 2015. Não serão aceite nenhuma solicitação por telefone. Apenas os candidatos seleccionados serão contactados.
Tuesday, January 27, 2015
Para Quando um Plano Marshall para a Zambezia?
Para quando um Plano Marshall para a Zambezia? Tres pontos para Carlos Agostinho do Rosario no seu regresso a 'Casa'!
No nosso artigo da semana passada, pediamos accao energica e flexibilidade ao novo governo no que se refere as calamidades naturais que afectam a provincia da Zambezia! Pediamos, inter alia, que o Novo Primeiro Ministro, visitasse urgentemente a zona para, in loco, verificar as condicoes no terreno, o que lhe permitiria ajuizar os desafios no terreno e o tomar de posicoes face a enormidade da catastrofe! Pedimos muito, e verdade, inclusive que a primeira reuniao do Conselho de ministro fosse em Mocuba, mas como se sabe, em 'tecnicas de negociacao', os pontos de partida devem ser ou estar um pouco acima do realmente desejado ou esperado, por forma a que se consiga o que se quer!
Do ponto de vista de resposta institucional, ficamos bastante sensibilizados, quando nos demos conta de que o Primeiro Ministro, nao esperou por protocolos para por maos no terreno! Arregacou as mangas e la veio a Quelimane, mesmo sabendo que a provincia ainda nao tenha Governador! E mais, mesmo sabendo que tanto o Cessante, como o Novo Governador, bem como a Ministra da Administracao Estatal e Funcao Publica, na sua qualidade de mandaratia do Chefe do Estado chegariam no mesmo dia! O Primeiro Ministro, de forma pragmatica 'arranjou' formas de ca vir, antecipando-se em hora e meia a chegada do Governador e da Mandataria! Esta atitude e por nos saudada, pois como afirmaramos no artigo anterior quando estao em causa vidas, as regras protocolares cedem a sua primazia para dar lugar ao pragmatismo! Foi por isso que fizemos vista grossa a grave falha protocolar da Secretaria Permanente da Provincia da Zambezia, que no vazio do poder, entre a exoneracao do Governador Verissimo e a tomada de posse de Razak, nao soube coordenar pragmatismo e protocolo, tendo-se 'esquecido' de informar as autoridades competentes para a cerimonia de recepcao do Primeiro Ministro na sua primeira visita oficial depois da tomada de posse a uma provincia! Uma omissao protocolar grave do lado da Secretaria Permanente, se tivermos em conta nao so que (1) Carlos Agostinho do Rosario desempenhava ate a pouco a funcao de Embaixador Extraordinario e Plenipotenciario de Mocambique em varios paises asiatico, onde o protocolo e seguido a risca, como tambem se tivermos em conta o discurso do Chefe de Estado na Cerimonia de Tomada de Posse, onde apelava a inclusao e competencia ! E que esta omissao protocolar poderia ter manchado a primeira visita do Primeiro Ministro e usada como mais uma prova da dissonancia entre o discurso de Nyussi e a Practica! Felizmente, a simplicidade e informalidade de Carlos Agostinho do Rosario resolveu o problema, mas ca fica o aviso a navegacao: funcionarios nao preparados podem manchar a imagem dos superiores hierarquicos pois em politica nem sempre contam os factos mas sim as percepcoes sobre os factos! A mulher de Cesar nao basta que seja fiel, deve parece-lo!
Como pediramos no nosso artigo, ficamos sensibilizados e quica satisfeitos com o numero de ministros que se deslocaram a Zambezia, para in loco verificar a situacao no terreno, nomeadamente a (1) Ministra da Administracao Estatal e Funcao Publica, a (2) Ministra da Saude, (3) o Ministro das Obras Publicas e Gestao Hidrica! A grande omissao foi a ausencia dos ministros da Industria e Comercio e da Accao Social, Criancas e Genero, que a nosso ver, deveriam ca ter estado, nao so (no primeiro caso) para solidarizar-se com os empresarios da regiao e com eles discutir ideias praticas para minimizar o impacto da crise na actividade economica como a possivel reducao do preco do combustivel, e no caso da ministra do Genero, Criancas e Accao Social, para verificar o impacto da crise nas criancas, mulheres, idosos! E que senhora ministra, se nao sabia, fique sabendo que a provincia da Zambezia e aquela que tem os maiores indices de mortalidade infantil, materno-infantil e juvenil-infantil no pais! Ou seja e aquela provincia onde mais se morre (tirando Cabo Delgado e Manica)! E sendo a segunda provincia mais populosa do pais, esta crise se nao for bem gerida podera afectar a performance de Mocambique nos Millennium Development Goals!
Satisfez-nos a visita de Carlos Agostinho de Rosario que no seu pragmatismo e simplicidade caracteristicos 'conseguiu inventar' tempo para auscultar uma parte importante da 'Opiniao Publica Zambeziana' sobre aspectos sensiveis da Zambezia, que ele bem conhece e do pais! Alias aqui na Zambezia nos cantamos sempre, os nossos Verdes Campos', o Hino do saudoso Conjunto Primeiro de Maio que inter alia lembra-nos que : 'E preciso auscultar, aquele que vai, realizar! Mas afinal, e o proprio povo, quem vai realizar, e o proprio povo, que ai se encontra o segredo do povo'!
O unico senao nesta visita, foi o de nao ter aproveitado a ocasiao para cumprimentar o Lider da Oposicao, que se encontrava na cidade de Quelimane! Esta ousadia, quebraria o gelo, criando condicoes favoraveis para as negociacoes em curso! Em politica, nao basta sabedoria, simplicidade, e necessaria alguma astucia e coragem para fazer coisas que nao estao no 'Menu'! Para ja vao tres pontos para Carlos Agostinho do Rosario!
Somados os pontos, aguardamos por uma accao energica porque de facto, a espinha dorsal da Zambezia esta quebrada! Aquilo que a guerra nao conseguiu fazer em 1986, 87, 88 a natureza responsabilizou-se de o fazer -dividir o pais pela Zambezia, com os impactos ja a vista! Se os ultimos 39 anos transformaram a Zambezia da maior economia provincial do pais para a mais empobrecida, as chuvas conseguiram aquilo que ate aqui nenhum exercito conseguira fazer, esquartejar e por em coma a economia da Zambezia! Nas condicoes actuais, nao se pode sair da Zona Sul para a zona centro da Zambezia, nem da zona centro para a zona norte (com cinco cortes na EN1 (dois cortes no rio Licunco, um corte no Rio Namilate perto da famigerada zona de Morrotone, outro no Rio Nivo e assim por diante entre Mocuba e Nampevo! Nao se pode sair do Ile a Gurue e nem de Milange a Gurue! Nao se pode sair de Gurue a Cuamba! E muito menos de Quelimane a Maganja ou Macuse! Nao se pode sair de Mopeia a Luabo! E nem se pode sai de Ile a Lugela! A economia da Zambezia se ja estava de joelhos, agora esta literalmente em coma! E para ressuscita-la precisamos de UM Plano Marshall para a recuperacao do tecido economico e social, das infrastruturas e dos empresarios(foi o plano que os EUA implementarao para a recuperacao da Europa depois da Segunda Guerra Mundial) sem este plano, a recuperacao da Economia Zambezia continuara a ser uma miragem, fazendo com que milhares de zambezianos e nao so continuem a vegetar nos mercados de Macurungo, Goto, ou Estrela Vermelha! Alias sendo a provincia que mais sofreu pelos efeitos da Guerra dos 16 anos, esse Palno Marshall esta no minimo atrasado 23 anos! E para comecar, uma vez que o preco do barril do petroleo no mercado internacional baixou de mais de cem dolares para menos de cinquenta, sugiro uma reducao no preco do combustivel, senao para o pais inteiro, pelo menos numa fase experimental, para as zonas centro e Norte do pais que estao ha tres semanas as escuras!
No nosso artigo da semana passada, pediamos accao energica e flexibilidade ao novo governo no que se refere as calamidades naturais que afectam a provincia da Zambezia! Pediamos, inter alia, que o Novo Primeiro Ministro, visitasse urgentemente a zona para, in loco, verificar as condicoes no terreno, o que lhe permitiria ajuizar os desafios no terreno e o tomar de posicoes face a enormidade da catastrofe! Pedimos muito, e verdade, inclusive que a primeira reuniao do Conselho de ministro fosse em Mocuba, mas como se sabe, em 'tecnicas de negociacao', os pontos de partida devem ser ou estar um pouco acima do realmente desejado ou esperado, por forma a que se consiga o que se quer!
Do ponto de vista de resposta institucional, ficamos bastante sensibilizados, quando nos demos conta de que o Primeiro Ministro, nao esperou por protocolos para por maos no terreno! Arregacou as mangas e la veio a Quelimane, mesmo sabendo que a provincia ainda nao tenha Governador! E mais, mesmo sabendo que tanto o Cessante, como o Novo Governador, bem como a Ministra da Administracao Estatal e Funcao Publica, na sua qualidade de mandaratia do Chefe do Estado chegariam no mesmo dia! O Primeiro Ministro, de forma pragmatica 'arranjou' formas de ca vir, antecipando-se em hora e meia a chegada do Governador e da Mandataria! Esta atitude e por nos saudada, pois como afirmaramos no artigo anterior quando estao em causa vidas, as regras protocolares cedem a sua primazia para dar lugar ao pragmatismo! Foi por isso que fizemos vista grossa a grave falha protocolar da Secretaria Permanente da Provincia da Zambezia, que no vazio do poder, entre a exoneracao do Governador Verissimo e a tomada de posse de Razak, nao soube coordenar pragmatismo e protocolo, tendo-se 'esquecido' de informar as autoridades competentes para a cerimonia de recepcao do Primeiro Ministro na sua primeira visita oficial depois da tomada de posse a uma provincia! Uma omissao protocolar grave do lado da Secretaria Permanente, se tivermos em conta nao so que (1) Carlos Agostinho do Rosario desempenhava ate a pouco a funcao de Embaixador Extraordinario e Plenipotenciario de Mocambique em varios paises asiatico, onde o protocolo e seguido a risca, como tambem se tivermos em conta o discurso do Chefe de Estado na Cerimonia de Tomada de Posse, onde apelava a inclusao e competencia ! E que esta omissao protocolar poderia ter manchado a primeira visita do Primeiro Ministro e usada como mais uma prova da dissonancia entre o discurso de Nyussi e a Practica! Felizmente, a simplicidade e informalidade de Carlos Agostinho do Rosario resolveu o problema, mas ca fica o aviso a navegacao: funcionarios nao preparados podem manchar a imagem dos superiores hierarquicos pois em politica nem sempre contam os factos mas sim as percepcoes sobre os factos! A mulher de Cesar nao basta que seja fiel, deve parece-lo!
Como pediramos no nosso artigo, ficamos sensibilizados e quica satisfeitos com o numero de ministros que se deslocaram a Zambezia, para in loco verificar a situacao no terreno, nomeadamente a (1) Ministra da Administracao Estatal e Funcao Publica, a (2) Ministra da Saude, (3) o Ministro das Obras Publicas e Gestao Hidrica! A grande omissao foi a ausencia dos ministros da Industria e Comercio e da Accao Social, Criancas e Genero, que a nosso ver, deveriam ca ter estado, nao so (no primeiro caso) para solidarizar-se com os empresarios da regiao e com eles discutir ideias praticas para minimizar o impacto da crise na actividade economica como a possivel reducao do preco do combustivel, e no caso da ministra do Genero, Criancas e Accao Social, para verificar o impacto da crise nas criancas, mulheres, idosos! E que senhora ministra, se nao sabia, fique sabendo que a provincia da Zambezia e aquela que tem os maiores indices de mortalidade infantil, materno-infantil e juvenil-infantil no pais! Ou seja e aquela provincia onde mais se morre (tirando Cabo Delgado e Manica)! E sendo a segunda provincia mais populosa do pais, esta crise se nao for bem gerida podera afectar a performance de Mocambique nos Millennium Development Goals!
Satisfez-nos a visita de Carlos Agostinho de Rosario que no seu pragmatismo e simplicidade caracteristicos 'conseguiu inventar' tempo para auscultar uma parte importante da 'Opiniao Publica Zambeziana' sobre aspectos sensiveis da Zambezia, que ele bem conhece e do pais! Alias aqui na Zambezia nos cantamos sempre, os nossos Verdes Campos', o Hino do saudoso Conjunto Primeiro de Maio que inter alia lembra-nos que : 'E preciso auscultar, aquele que vai, realizar! Mas afinal, e o proprio povo, quem vai realizar, e o proprio povo, que ai se encontra o segredo do povo'!
O unico senao nesta visita, foi o de nao ter aproveitado a ocasiao para cumprimentar o Lider da Oposicao, que se encontrava na cidade de Quelimane! Esta ousadia, quebraria o gelo, criando condicoes favoraveis para as negociacoes em curso! Em politica, nao basta sabedoria, simplicidade, e necessaria alguma astucia e coragem para fazer coisas que nao estao no 'Menu'! Para ja vao tres pontos para Carlos Agostinho do Rosario!
Somados os pontos, aguardamos por uma accao energica porque de facto, a espinha dorsal da Zambezia esta quebrada! Aquilo que a guerra nao conseguiu fazer em 1986, 87, 88 a natureza responsabilizou-se de o fazer -dividir o pais pela Zambezia, com os impactos ja a vista! Se os ultimos 39 anos transformaram a Zambezia da maior economia provincial do pais para a mais empobrecida, as chuvas conseguiram aquilo que ate aqui nenhum exercito conseguira fazer, esquartejar e por em coma a economia da Zambezia! Nas condicoes actuais, nao se pode sair da Zona Sul para a zona centro da Zambezia, nem da zona centro para a zona norte (com cinco cortes na EN1 (dois cortes no rio Licunco, um corte no Rio Namilate perto da famigerada zona de Morrotone, outro no Rio Nivo e assim por diante entre Mocuba e Nampevo! Nao se pode sair do Ile a Gurue e nem de Milange a Gurue! Nao se pode sair de Gurue a Cuamba! E muito menos de Quelimane a Maganja ou Macuse! Nao se pode sair de Mopeia a Luabo! E nem se pode sai de Ile a Lugela! A economia da Zambezia se ja estava de joelhos, agora esta literalmente em coma! E para ressuscita-la precisamos de UM Plano Marshall para a recuperacao do tecido economico e social, das infrastruturas e dos empresarios(foi o plano que os EUA implementarao para a recuperacao da Europa depois da Segunda Guerra Mundial) sem este plano, a recuperacao da Economia Zambezia continuara a ser uma miragem, fazendo com que milhares de zambezianos e nao so continuem a vegetar nos mercados de Macurungo, Goto, ou Estrela Vermelha! Alias sendo a provincia que mais sofreu pelos efeitos da Guerra dos 16 anos, esse Palno Marshall esta no minimo atrasado 23 anos! E para comecar, uma vez que o preco do barril do petroleo no mercado internacional baixou de mais de cem dolares para menos de cinquenta, sugiro uma reducao no preco do combustivel, senao para o pais inteiro, pelo menos numa fase experimental, para as zonas centro e Norte do pais que estao ha tres semanas as escuras!
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