Friday, August 21, 2009

QUELIMANE CELEBRA MAIS UM ANIVERSARIO! SEDUZIDA E ABANDONADA!?

QUELIMANE CELEBRA MAIS UM ANIVERSARIO! SEDUZIDA E ABANDONADA!

QUELIMANE CELEBRA MAIS UM ANIVERSARIO! SEDUZIDA E ABANDONADA!

QUELIMANE CELEBRA MAIS UM ANIVERSARIO! SEDUZIDA E ABANDONADA!

QUELIMANE CELEBRA MAIS UM ANIVERSARIO! SEDUZIDA E ABANDONADA!

MAIS UMA PRENDA PARA OS MUNICIPES DE QUELIMANE!

A lançar dia 25 de Agosto
Será “Sonhos ao Avesso” o fim do silêncio de Hélder Muteia?

Por: Roseiro Mário Moreira

Negação ao silêncio, particularmente o literário, é o que se me traduziu ao ler na página 27 do Notícias, edição de 10 de Agosto corrente, em parangona: “Hélder Muteia lança novo Livro de poesia”. Será mesmo? Não anda afinal, este antigo membro do Governo, num exílio verbal cumprindo certo acantonamento ou alguma quarentena tacitamente prorogável? “Sonhos ao Avesso”, diz-se ser o título do livro. Inquieto-me! Porquê, diabos, o autor de “Verdades dos Mitos” (1988) e “Nhambaro” (1996) escolheria para título em 2009, as palavras “Sonhos ao Avesso”? Porquê, palavras que desdizem a norma clamando pela reorientação do status-quo? Ter-se-á mesmo Muteia entregue a tal desafio de liberdade de expressão? Faço-me perguntas que tais. Não as consigo responder! Decido partilhá-las convosco, neste espaço!

Bases não tenho para desmentir o ancião, experiente e credenciado Notícias. Acreditar? Treze anos se foram desde a última publicação em o livro de Muteia! Mesmo em produção de crónicas parecia florescer algum silêncio. Não sei se o do desejo, se o da palavra ou se o da acção! O da palavra talvez. Sorvo, meticulosamente, toda a nontícia do lançamento de “Sonhos ao Avesso”. Atiça-se-me a curiosidades sobre o regresso desse escritor, médico veterinário, associativista, ex-locutor de rádio, dirigente, político e diplomata Hélder dos Santos Félix Monteiro Muteia ao nobiliário literário. Esperei alguns dias pelo desmentido do autor. Debalde! Conveço-me! Aliás, não creio que Muteia conspirasse contra si mesmo e contra os seus próprios ideais. Nem que deixaria alguma mão alheia fazê-lo. Um poeta que se preze ama fielmente a sua liberdade de ser o que é, vencendo desafios; luta incessantemente por se tornar no que digna e justamente se lhe reserva, sem lapidações; mostra que se mantem na classe, contornando desaforos, ignorando burburinhos e esvasiando calúnias! A nova sobre o livro “Sonhos ao Avesso” só podia ser veraz.

Não sou dos que, desbinoculadamente, se convencem com a informação veiculada. Há que analisar, ver o percurso dos factos. Afinal, esse compatriota ainda tem folgas para sonhar ao avesso? Ele que cá no beija-índico país já foi ministro da alimentação, como parabolaria antes de sê-lo! Ele que lá por lá anda hoje nigerianamente diasporado em diplomacias naçõesunidenses na busca de pratos hodiernos mais abundantes nas mesas, esteiras ou simples chão de todos os filhos do criador! Ainda se lembra da sua modesta caminhada ao ponto de se manter poetando mesmo no meio dessas luxuosidades e visibilidades que a vida lhe vai emprestando? Será a obra com que Hélder Muteia nos brindará para a posteridade a 25 de Agosto, uma busca de novos modelos de ser e de estar nesta Índica Pérola? Será socorrendo-se da tecnologia do pensamento livre e da engenharia poética que teimam em perseguí-lo na vida que este co-fundador da Revista CHARRUA, do Núcleo Literário-Cultural ECO da Universidade Eduardo Mondlane e um dos três primeiros locutores do seu programa radiofónico “ECO Estudantil” logrará ser entendido?

Pois é, será então preciso ler também essa anunciada obra para compreender este homem de letras Hélder Muteia (2009), aquele de 1996, o de 1988 e o das muitas crónicas dispersas por várias publicações. E mesmo para melhorar a acepção sobre o dirigente, político e diplomata que ao longo do tempo vão comungando domicílio no ego de Muteia retemperando a força que o tira do silêncio. Voltando a este também revolucionário literário e ousado percursor da arte e da cultura moçambicana contemporânea, penetro nas tantas crónicas do autor, publicadas na sua coluna “Misturando Ideias” neste matutino, e recupero do suplemento cultural, de 28 de Dezembro 2005, aquela sobre “Um Homem Livre”, na qual Hélder Muteia escreve: “um homem livre não é o que se afunda na opulência e se adorna de beleza e riquezas. É o que flutua na sua simplicidade, o que é capaz de aceitar com humildade a sua mísera condição”. Seria o começo dos “Sonhos ao Avesso?”. Seria a sua continuação? Compreende-se, pois a poesia resilienta-se sem-tirte-nem-guarte. Ela não começa! Ela não para! Ela é um belo, espairecente e sempiterno hino existencial. Conseguirá Muteia, fazer desse seu próximo parto literário o fim do seu silêncio?

De onde parte a veia para as “Revelações Literárias” de Hélder Muteia?

Outra forma de buscar o que faz deste dirigente, político e diplomata negar o silêncio como escritor é navegar por determinados aspectos menos abordados do seu percurso. A sua génese desabrocha num bairro suburbano de Quelimane, na Zambézia, onde o primeiro sol viu, no seio de uma família modesta. E primogénito não era! Falo-vos de uma época em que a abundância de filhos lisongeava as famílias da terra do côco, da mucapata e do matago, do thódwè e hoje da bicicleta. Educá-los mais lisongeiro ainda era. Na preocupação com a educação, cedo o pequeno Hélder é exposto ao deleite da literatura. Frases como esta, repetidas a muitas crianças da sua época: “o livro ensina e engrandece, seja amigo do livro”, deve certamente ainda ecoar para o adulto Hélder Muteia! Hoje ele não só se tornou num amigo como também num engenheiro de livros que vão saciando a sede do saber a muito mais gente.

O autor de “Verdades dos Mitos” e “Nhambaro” não se cala. Nega o silêncio! No seu percurso infantil, houve duas principais vertentes que o levaram a cultivar uma afeição especial à palavra: uma ligada à literatura tradicional, em chuabo, através de contos, provérbios, cantigas populares e religiosas. Outra vertente era a literatura escolar, em português, com forte predominância colonial nos textos didáticos e recitais de poesia em que se competia com versos criados pelos próprios alunos. Na tenra idade de 11 anos, Hélder Muteia ingressa no Seminário Católico do "Bom Pastor", onde absorveu a influência dominante da literatura religiosa com salmos e versos característicos. Alí, cultivar a arte (teatro, recitais de poesia e concursos) era um ritual diário rigoroso que incluia horas obrigatórias de leitura. Volvidos 3 anos, com a extinção do Seminário, ingressa no então “Liceu João Vaz de Azevedo Coutinho”, hoje “Escola Secundaria 25 de Setembro” em Quelimane. Nesta também se cultivava a literatura, tendo a predominância pendido para os textos nacionalistas, revolucionários, e de exaltação com ênfase para a poesia de combate. O Hélder e outros jovens da sua época assimilaram e declamaram poesias de vários estilos carregando consigo o desejo de serem protagonistas do movimento literário do país.

Aos 18 anos, já com sonhos amadurecidos, provavelmente não “Sonhos ao Avesso”, o autor da anunciada obra que leva esse título prossegue com a sua formação académica de nível médio no Instituto Agrário de Chimoio (IAC), em Manica. Naquela terra do monte “Cabeça do Velho”, os condimentos literários angariados no Seminário do “Bom Pastor”, no “Liceu Azevedo Coutinho”, na “Secundária 25 de Setembro” e no convívio com talentos vindos de outras partes do país, namoraram a sua dedicação à arte da escrita, amando-se num casamento sem matrícula que todavia fortaleceu a génese do poeta zambeziano. No IAC, o jovem participa activamente na organização de núcleos culturais para a poesia e o teatro, e na criação de Revistas Literárias. Incentivado por colegas e professores que admiravam o seu talento, Hélder Muteia rompe o receio e o gavetismo e começa a publicar em jornais. Pode, pois, dizer-se que tenha sido a partir da terra das codornizes (Chimoio) que chegaram a um vasto público os primeiros escritos do autor do anunciado livro “Sonhos ao Avesso”.

Concluído o curso médio agro-pecuário, Hélder Muteia é afecto à Empresa Estatal “Avícola de Chimoio”, seu primeiro emprego formal. É neste novo ambiente, o profissional, que aprende a não abandonar a sua paixão pela arte de escrever e faz disso um compromisso consigo próprio. Posteriormente é transferido para a “Pateira de Maputo”, também Estatal. A sua tranferência para Maputo significou igualmente o endossar de toda a sua movimentação literária vivênciada em Chimoio para a capital do país. Colocando a sua visão mais além filia-se à Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), de que mais tarde viria a ser Secretário Geral. Antes, com um grupo de protagonistas da arte da escrita, a que se juntara, vê concretizar-se um dos mais destacados movimentos literários de Moçambique independente, o “CHARRUA” que produzia uma Revista com a mesma designação. Do grupo inicial do “CHARRUA” cintilam nomes bem conhecidos do panorama literário nacional como: Eduardo White, Juvenal Bucuane, Ungulani ba ka Khosa, Pedro Chissano. Pela força que o grupo detinha ter-se-lhe-ão juntado mais tarde o Marcelo Panguana, o Armando Artur, o Nataniel Ngomani, a Paulina Chiziane, e o Filimone Meigos.

A vinda a Maputo tinha também o propósito de continuar com os estudos. Com efeito, Hélder Muteia conclui em 1990 a licenciatura em Medicina Veterinária na UEM. Aqui, o autor também deixou sinais de menção para a arte e a cultura. Participou na criação do núcleo cultural “ECO” que fundou uma revista literária e criou o programa radiofónico "ECO estudantil". Os profissionais mais antigos da Rádio Moçambique sabem que aquele programa foi criado pelo núcleo literário da UEM, tendo como primeiros locutores o trio Bartolomeu Souto, Inácio Chire e Helder Muteia. Em menos de 10 anos (1988 – 1996) Muteia terá publicado 2 livros e co-autora 1 com Eduardo White. Na mesma época e seguintes, teve colunas com crónicas na imprensa escrita. Entre 1997 e 1998 dirigiu a Revista EXTRA virada para o desenvolvimento e extensão agrária. Enquanto Minuistro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, no que toca a publicações inerentes à àrea Muteia incentivou a complilação da literatura sobre a Lei de Terras (em português e em línguas nacionais), de Florestas e Fauna Bravia culminando com o lançamento da obra “Legislação do Sector Agrário” (2004), editada pelo Centro de Documentação Agrária.

Com esta vivência recheada de momentos comprometidos com a cultura em geral e com a literatura em especial, não admira, pois, que hoje estejamos diante de um Hélder Muteia com uma veia literária bem mais apurada. Consta que o homem lê bastante, escreve e não engaveta egoísticamente os seus escritos. Eis uma razão pela qual tem já mais uma obra em poesia, “Sonhos ao Avesso”, para presentear Moçambique e o Mundo no próximo dia 25 de Agosto. Para quem já tenha lido as obras anteriores deste pensador sabe que o hoje Representante do Fundo da Nações Unidas para a Agricultura e Alimemntação (FAO) na Nigéria escreve do encanto, da pureza e do respeito entre os seres humanos, de forma simples e construtiva.

PARABENS CIDADE, ALIAS VILA DE QUELIMANE!



QUELIMANE CELEBRA MAIS UM ANIVERSARIO!

Esta de parabens a cidade dos meus sonhos, que hoje celebra mais um aniversario! Infelizmente, este ano nao poderei estar presente para com os citadinos celebrar esta data! Recentemente estive em Quelimane e pude verificar in loco a degradacao fisica e moral da nossa cidade! As ex-avenidas, hoje sao autenticas piscinas municipais! Os passeios esses viraram canteiros onde se plantam batatas e cenouras! Semaforos, esses ha anos que pediram ferias sem vencimentos! OS MACHIMBOMBOS, ESSES REPOUSAM SEU ETERNO SONO E FORAM MUNICIPALMENTE SUBSTITUIDOS PELOS TXOVA XITA DUMA E TAXIS DE BICICLETA! Entroncamentos? Esses viraram barracas chinesas! Ate para tirar uma foto, importamos chineses que fazem concorrencia ao amigo Teshin e a Foto Quelimane, referencias historicas!
A Catedral antiga? Essa repousa esquecida nas margens dos bons sinais! E a nova? A entrada virou um autentico campeonato de buracos!

O ano passado em vesperas das eleicoes autarquicas o governo ofereceu machimbombos! Perguntei ao amigo zefanias onde andavam os machimbombos! Respondeu-me boquiaberto com uma foto de um ex-machimbombo, cansado e chuchado! E triste! A maior parte deles estao parados! Parados? Indaguei indignado!! Sim, respondeu-me! Porque? Porque nao ha estradas! Onde foram as estradas? Estao de ferias! Calei-me uma lagrima no canto o olho, teimou em seguir as leis da fisica, provando que de facto a gravidade existe!

O unico senao foi a transformacao do meu Coalane em Universidade Pedagogica, apesar do edificio pertencer aos padres e de terem 'nacionalizado' o 'asilo'! Tambem fiquei feliz em saber que ali ao lado da residencia do saudoso velho Magalhaes, foi erguida uma Escola Secundaria!

Contudo, apesar da distancia fica-me um no na garganta! um no pequeno que qualquer citadino pode ajudar-me a responder! A pergunta que fica, e simples!

O que e que estamos a celebrar?

Alguem pomposamente me dira que estamos a celebrar a elevacao de Quelimane a categoria de Cidade! Certo, mas o que e uma cidade? Sera que hoje Quelimane merece ser chamada de Cidade? Uma urbe sem estradas; sem passeios; sem sinalizacao; sem urbanidade pode ainda ser chamada de cidade?

Nao teremos despromovido a nossa bela capital em Vila?

Quem salva a nossa bela capital?

Estas sao as questoes que deixo para reflexao! A unica promessa que poderei fazer a terra que me viu nascer e simples: dedicarei mais atencao a ti querida cidade! E a prenda que tenho para ti e um artigo do meu amigo Jocas Achar, publicado no Jornal Noticias, na sua edicao de Segunda feira! Nao consegui mais, apenas o suficiente para mostrar que nao te esqueci!

Mas continuarei a percorrer o mundo para que um dia voltes a categoria de Cidade! Isso sim, prometo-te!! e um dia voltaras a ser o PEQUENO BRASIL! BELA, ESTONTEANTE, FORMOSA, CINTILANTE E ACIMA DE TUDO SEXY!

Aqui ficam os meus parabens a esta cidade esquecida, abandonada pelos seus filhos, a quem deu luz! Abandonada por aqueles que juraram acarinha-la! Abandonada por aqueles que nao sendo seus filhos, nela residem! ABANDONADA POR AQUELES QUE A USAM E ABUSAM!

MAS UM DIA VOLTARAS!

Quelimane, cidade ontem, vila hoje!

Beijao querida cidade,
Do teu filho que te adora!

Manuel de araujo

PARABENS QUELIMANE!


Seja bem vindo a este blog dedicado a Cidade de Quelimane! Este blog foi criado no dia 21 de Agosto de 2009, data em que se celebra mais um aniversario da cidade!

Pretendemos trocar ideias de como os municipes e amigos d Quelimane podem ajudar a recuperar a imagem da cidade! Trata-se de uma iniciativa de municipes e amigos que amam a sua cidade e querem juntar esforcos no sentido de juntos e na companhia das autoridades competentes poderem ajudar num novo 'voo' para com a cidade capital da provincia da Zambezia!

Esta e a pequena prenda para a cidade que nos viu nascer e nos ensinou o ABC da vida! Se nasceste, viveste, estudaste, trabalhaste, ou passaste por Quelimane nao hesite! Junte-se a nos!

Somos independente de qualquer forca politica, religiao, credo social! Somos uma coisa, filhos e amigos da terra que estao preocupados contra o actual estado da sua cidade! Nao interessa a sua cor partidaria, religiao, credo! o que nos interessa e o teu carinho, entrega e amor por Quelimane!

Numa primeira fase publicaremos fotos sobre a cidade, para numa segunda, iniciarmos com a 'chuva d ideias' de como recuperar a cidade do aparente abandono em que se encontra!
A todos filhos e amigos da Cidade de Quelimane aqui fica o nosso convite!

Nao estamos contra ninguem, estamos e vivemos e com 'Quelimane no coracao'!

Parabens Cidade de Quelimane!

Um abraco municipal,

Manuel de Araujo